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Cantora Tyla grava clipe e chama o baile Afrogroove para agitar à noite no Vidigal

Cerca de 400 pessoas se reuniram na última quarta (25) na Laje do Bar do Visão para a gravação do clipe

Make me sweat, make me hotter
Make me lose my breath, make me water
Make me sweat, make me hotter
Make me lose my breath, make me water

Foi a famosa música ‘Water’ da artista Tyla, cantora sul-africana, de 22 anos, abriu à noite da última quarta-feira (25) no Vidigal. O baile foi comandado pela pela própria cantora que gravou seu novo clipe. Junto a ela, estava presente seu ballet, além de uma mega equipe que contou com mais de 100 pessoas.

A artista fez show no palco Sunset no Rock in Rio no último dia 20 e não saiu do Rio de Janeiro. Hospedada na Zona Sul do Rio de Janeiro, Tyla está aproveitando bastante seus dias como ‘brasileira’ no Rio de Janeiro.

O clipe foi gravado no terraço do bar Visão, no alto do Vidigal. A equipe de Tyla contou com produtores, bailarinos, fotógrafos, videomaker, DJs, figurantes, convidados e outros profissionais. A noite foi bem agitada e, na opinião desta repórter, teve muita “música boa, gente bonita e churrasco liberado”.

Sonoridades africanas

A cantora Tyla é sul-africana. E a produção do clipe caprichou nos detalhes, trazendo o melhor das sonoridades africanas para o evento, misturando o ritmo com a essência do Rio de Janeiro. DJ Paker é um deles, que fez a noite na artista e convidados no clipe e falou sobre o que apresentou no evento. “O ritmo que eu toquei foi amapiano. Ele nasceu como um subgênero do Afro House, criou as próprias pernas e foi andando”, fala o DJ sobre o nascimento do som amapiano.

O amapiano tem suas raízes na África do Sul, mais especificamente em Gauteng, a província de Joanesburgo, mas há evidências também, que o ritmo vem de Soeto, cidade da África do Sul que é praticamente o ninho do Afro House e de toda essa música eletrônica que foi criada lá na Afro House. Conta o DJ. Ele explica que sempre estudou o ritmo e que sua conexão com o Brasil é muito forte, justamente por morar há 11 no país.

“E estamos durante todo esse tempo a tentar implementar essas músicas, essas sonoridades, porque nós acreditamos que possa ser bom para o Brasil. E o fato mais importante em tudo isso é que não é muito diferente do funk. O modo como ele cresceu, como ele nasceu não é diferente do funk. E isso é o que nos deixa mais conectados ainda”, ressalta Paker.

“Eu sendo um DJ africano vindo de Angola, nós não temos tanta abertura ainda no mercado e nós poder fazer Afrogroove e eles convidaram nós para poder fazer a festa e eles gravaram o videoclipe da Tyler, é muito gratificante. Eu só tenho a agradecer a todo mundo, principalmente o Nicolas Cabanejo que é o dono da Afrogroove e todo o nosso time”, conta empolgado o DJ Paker.

Sensação de participar do clipe internacional

“Fui convidada igual a todo mundo, estava ali na rodinha quebrando, aí me olharam lá em cima, me chamaram, isso pra mim é muito gratificante. É uma artista internacional e também, mostrando o passeio que a patrimônio cultural é material do Rio de Janeiro. Ela estar vindo, estar conhecendo, porque eu sei que o Brasil e o Rio de Janeiro, particularmente, a mídia mostra só a negatividade da favela, que nem a negatividade da favela, é do Estado”, conta Codazzi sobre a participação no clipe e a visibilidade do Vidigal.

A economia local explorada dentro de grandes produções, traz o dinheiro e o faz circular entre os moradores de favela: “Então, independente da favela, da comunidade, que venham outros artistas também consumir, que aí fortalece o movimento, o comércio, os mototáxis, eu acho esse movimento muito importante, que todo mundo sai ganhando, a favela toda, do pé do morro até o alto do morro”, declara Codazzi, artista e bailarina do CPX da Maré.

Já a artista Evellin Andrade, tem 19 anos, moradora da Cidade de Deus, favela da Zona Oeste do Rio de Janeiro e veio convidada participar do clipe da Tyla, no Vidigal, diz sobre sua experiência com a artista: “Mano, então, eu achei muito fo*# porque ela é uma artista de referência pra mim, muito simpática, pessoa maravilhosa, parece “brasileira”, ela abraçou muita gente, tratou todas muito bem, a recepção também, teve a van, teve tudo. Foi perfeito e eu amei, tô muito feliz”, diz a influencer sobre a como foi fazer parte do clipe da Tyla.

“Cara, eu gosto muito porque chama a atenção pra gente dar favela e tipo, e vai mostrar que a gente aqui na favela, realmente, não é só sobre tiro como mostra o filme “Cidade de Deus” pras pessoas. Essa energia que do Afrogroove, todo mundo curtindo, muita gente bonita, muita gente legal”, conta a modelo sobre a importância de gravar na favela do Vidigal.

Com todo mundo bem à vontade e casa cheia, o Bar do Visão garantiu a diversão de mais 400 pessoas na laje. “Eu não tenho o orçamento total, mas deve ser uns cento e cinquenta mil, alguma coisa assim. O Vidigal tem essa vista maravilhosa, né? E para o gringo, ele é um lugar meio conhecido. E todo mundo que vem para Rio, quer conhecer o Vidigal”, diz Justin Bird, produtor do clipe da Tyla.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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