Cabos do Teleférico do Alemão estão a caminho do Brasil

Equipamento essencial para a volta do transporte chega ao Rio em março
Foto: Vilma Ribeiro/Voz das Comunidades
Foto: Vilma Ribeiro/Voz das Comunidades

Pauta frequente do Voz das Comunidades há anos, ao que parece, o Teleférico do Alemão está mesmo voltando, depois de tanta promessa. Os cabos de aço que fazem parte do sistema estão sendo preparados para serem enviados da Europa para o Brasil. São 78 toneladas de cabos que vão garantir a retomada desse meio de transporte, parado desde 2016.

Uma equipe de engenheiros da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (SEIOP) está na Europa acompanhando tudo de perto na fábrica da POMA, empresa responsável pelo equipamento. Os cabos, com mais de 7,5 km de comprimento, vão sair da Suíça, passar pelo porto da Bélgica e, de lá, seguir de navio para o Rio de Janeiro, onde devem chegar em março.

A nota do Governo do Estado informa que foram investidos R$ 105 milhões para comprar os cabos e outros componentes necessários para colocar o teleférico de volta nas alturas. E enquanto os cabos se preparam para cruzar o oceano, as estações seguem em obras. Segundo o Governo, mais de 85% dos serviços já foram concluídos, incluindo melhorias na parte elétrica, hidráulica e nos espaços internos.

A volta do Teleférico do Alemão é uma mistura de sonho e luta. Impactando cerca de 10 mil moradores do Complexo do Alemão, o transporte parou de funcionar em 2015 e atravessou anos de promessas políticas com a sua possível volta. Com o possível retorno, segundo o Estado, as estações também devem retomar serviços importantes, como clínicas da família e bibliotecas.

O sistema conta com 152 gôndolas e um percurso de 3,5 km, ajudando a conectar diferentes áreas da comunidade.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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