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Autora Carolina Rocha lança livro sobre racismo religioso e crime nas favelas cariocas

"A culpa é do diabo" tem lançamento marcado para o dia 12 de março, no Quilombo Ferreira Diniz, na Glória
Foto: Cristian Maciel

“Este livro é sobre a minha morte. E também sobre o meu renascimento”. Quando perguntada sobre a definição do enredo de seu segundo livro, é assim que a autora Carolina Rocha responde. Intitulado de “A culpa é do diabo – O que li, vivi e senti nas encruzilhadas do racismo religioso”, seu novo livro será lançado no dia 12 de março, pela editora Oficina Raquel.

Mulher negra e candomblecista, a autora mergulha nas complexas relações entre religião, fé, cultura, política e crime nas favelas do Rio de Janeiro. O lançamento acontece com uma noite de autógrafos no Quilombo Ferreira Diniz, na Glória, às 19h, com a participação da cantora Fabíola Machado e do grupo Maracatu Baque Mulher.

“Este livro é fruto de algumas partes da minha tese de doutorado, iniciada em 2015 e defendida em 2021, no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ). É importante reforçar que este trabalho não é neutro. Ele tem carne, sangue, suor, saliva, gozo e lágrima, meus e de minhas/meus ancestrais. Tem DNA, célula, corpo, identidade, território e espírito”, conta Carolina, que em 2015 lançou seu primeiro título “O Sabá do Sertão: feiticeiras, demônios e jesuítas no Piauí Colonial”, pela Paco Editorial.

A autora, que entrelaça pesquisa acadêmica, experiência etnográfica e memória pessoal, conta que o cotidiano de diferentes grupos, imersos nos conflitos violentos urbanos, é marcado pela disputa de significados e territórios. Ao ouvir as histórias e memórias vividas nas periferias, ela desenha um cenário de violências e resistências, onde as tradições de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, são alvo de perseguições sistemáticas, enraizadas em um projeto colonial e racista que persiste até hoje.

Capa do livro que tem lançamento marcado para dia 12 de março. Foto: Divulgação

Em seu novo livro, a autora não só denuncia a violência sofrida pelos povos de terreiro, mas também celebra a resistência e a força cultural dessas comunidades. Os terreiros, enquanto espaços de acolhimento, cura, educação e reinvenção, são apresentados como territórios políticos, onde a memória ancestral é mantida viva e a luta pela dignidade é constante.

“O terreiro nos dá autoestima, nos dá um repertório literário de aconselhamento para a vida, fornece instrumentos de autonomia e soberania em nutrição, saúde, história e estética. É o espaço de formação de pessoas, de educação libertadora!”, destaca.

O livro “A culpa é do diabo – O que li, vivi e senti nas encruzilhadas do racismo religioso” já se encontra disponível para compra no site da Amazon.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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