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Arraiá do Alemão: Último dia de evento teve presença de Regina Casé, show de Tá na Mente e apresentação Oruam

Terceiro dia do evento foi marcado por lotação máxima; público que ficou de fora ficou até o final do evento
Foto: Hector Santos / Voz das Comunidades
Foto: Hector Santos / Voz das Comunidades

Os portões ainda nem tinha sido abertos e a fila para entrar no Arraiá do Alemão já estava quase na entrada UPA, na Av. Itararé. Teve gente que chegou cedo para garantir o melhor lugar para assistir à line-up do evento, que contava atrações DJ Tamy, DJ Daniel Correa como os artistas Rosy Campbell, o pagode do grupo Tá na Mente e o trapper Oruam.

“As crianças vieram ver o Oruam, os mais velhos vieram ver o Tá na Mente!!”, exclamou uma moradora animada segundos antes das caixas de som romperem o silêncio da tarde de domingo. Enquanto a equipe de produção fazia os últimos ajustes no som, o público se distribuía pelo espaço do evento, comprando bebidas e lanches que estavam sendo vendidos no Arraiá do Alemão.

A abertura dos trabalhos desse último dia de Arraiá do Alemão ficou por conta de Regina Casé. A atriz e apresentadora foi à caráter para a festa, com roupas típicas da cultura nordestina. Ela agradeceu Rene Silva pelo convite e o retorno da comunidade foi caloroso – principalmente quando ela celebrou a vitória da Imperatriz Leopoldinense. A escola se apresentou no no segundo dia de evento.

Regina abriu o palco para o DJ Daniel Correa, que trouxe músicas ritmadas e mixadas, com funks antigos e os ritmos mais tocados nas plataformas digitais. DJ Daniel Correa foi um o grande anfitrião do terceiro dia, fazendo apresentações entre os intervalos.

A cantora Rose Campbell, alagoana e moradora da Zona Oeste do Rio de Janeiro, chegou arretada no palco do Arraiá do Alemão. Apresentando músicas de sua terra natal, a cantora fez os casais dançarem ritmados com a batida rápida do forró.

Em seguida, DJ Tamy fez acontecer no Arraiá do Alemão com as batidas mais pesadas do R&B, funk e soul. O público relembrou grandes hits de artistas nacionais e internacionais mixados pela DJ, como Ciara e 50 Cent.

Um dos grandes nomes da noite, o grupo Tá na Mente, formado pelos músicos Rony Lúcio, Kid, Dudu, Marquinhos subiu ao palco por volta das 21h30min da noite e encontrou um público caloroso. A galera gritou bastante quando a banda começou o show com o sucesso ‘Durma com Deus’ e assim se seguiu pelo show todo. O grupo conversou com o público que respondeu correspondeu bem às perguntas feitas pelos músicos. Tá na Mente fez um show grandioso e correspondeu às expectativas do público.

Antes da apresentação, eles falaram sobre a expectativa do show. “É sempre uma honra cantar aqui no Complexo do Alemão, ainda mais hoje que a casa tá super lotada. Pra nós, é uma alegria imensa se apresentar pra essa galera que sempre nos acompanhou”, detalhou Rony Lúcio.

Se o Arraiá do Alemão tivesse um grande nome no terceiro dia de evento, seria Oruam. O trapper era uma das atrações mais aguardadas do evento e foi por causa que o público montou uma fila quilométrica no início do evento. Crianças e jovens que todos os pontos do CPX aguardavam pela apresentação de Oruam. Com efeitos de fumaça e fogo, o trapper subiu ao palco sob gritos, sorrisos, choros e celulares apontados para sua apresentação. Após algumas músicas, o show foi encerrado.

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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