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Arraiá do Alemão: Saiba como foram os shows do segundo dia da festa junina no CPX

Público vibrou Cassiano Beija-Flor, FP do Trem Bala e Imperatriz Leopoldinense no
Foto: Hector Santos / Voz das Comunidades

Se o primeiro dia foi ótimo, o segundo foi tão bom quanto. Com uma programação bem recheada e eclética, o Arraiá do Alemão foi estava bem cheio – o tanto que fila para entrar estava quase na UPA do Alemão. No sábado, a festa foi embalada por forró, trap e muito carnaval. Vem aqui saber como foi o segundo dia de São João no Alemão!

Iniciando a festa e colocando as caixas de som pra ferver, DJ Hang abriu a segunda noite do Arraiá do Alemão. Tocando sucessos dos últimos 20 anos, o DJ recebeu a plateia que chegava ao evento. Muita gente já se acumulava à frente do palco para assistir à apresentação. DJ Hang se apresentou ao longo da noite, intercalando entre um artista e outro.

O trio de Cassiano Beija-Flor foi a segunda apresentação da noite. Com um forró bem encaixado pra qualquer casal dançar bem juntinho, o artista cantou conhecidas do forró como ‘Esperando na Janela’, ‘Anunciação’ e ‘Morango do Nordeste’.

Leia também: Cassiano Beija-flor recebe carinho do público em seu show no Arraiá do Alemão

O artista puxou o público para o clima de São João do Arraiá do Alemão e finalizou apresentação desejando uma boa festa para todo mundo.

https://twitter.com/vozdacomunidade/status/1670199312473632770?cxt=HHwWhMC9wZ7b3q0uAAAA

O mago do funk 150 BPM, FP do Trem Bala, não pôs só as caixas pra tremer no Arraiá do Alemão como também a vizinhança toda e o público fiel do artista. A festa ficou pequena para o artista que é um dos maiores nomes do funk carioca. No início do show, FP foi até a galera pra aquecer o pessoal pro show que viria a fazer. E a turma acompanhou. O DJ tocou seus maiores sucessos e todo mundo cantou junto e aos pulos. A euforia do público era tanta que a produção do evento teve que correr pra segurar as divisórias do público com o acesso à área VIP. FP do Trem Bala prometeu e cumpriu com um grande show, se destacando na segunda noite do Arraiá do Alemão.

As quadrilhas Junina Vlá e Araquém Forró fizeram apresentações em sequencia no Arraiá do Alemão. Com muito brilho, cores a majestade da dança coreografada, as quadrilhas fizeram a alegria do público no Complexo do Alemão.

Antes mesmo de subir ao palco, o trapper Raffé já estava sendo bajulado pela público. Crianças já gritavam seu nome nos bastidores enquanto o artista se preparava para subir no palco. Raffé encontrou um Arraiá do Alemão lotado e cantou músicas conhecidas. O público caloroso abraçou o artista e vibrou cantando as músicas do trapper.

O casal Carlos André, de 51 anos, e Nádia André, de 48, levaram filhas e netas para curtir o Arraiá do Alemão. Ambos moradores do CPX, a dupla elogiou bastante o evento. “Meus parabéns ao Voz das Comunidade por tudo isso. Estava com medo de trazer elas aqui. Primeiro vim ver como estava e depois só mandei mensagem pra elas virem”, contou Carlos André. Nádia, por sua vez, disse que era isso que faltava na comunidade. “Tá bom demais. A gente precisava de um grande evento como esse aqui na comunidade. Nunca teve festa assim!”

A Imperatriz Leopoldinense, campeã do carnaval 2023 e sua bateria Swing da Leopoldina sacudiu o CPX e marcou presença no Arraiá do Alemão, finalizando o segundo dia do evento. As ‘Jóias da Coroa’ Celso Araújo, de 72 anos, e Roseli Neto, de 63, já estavam aquecendo a voz no camarim antes de se apresentar no Arraiá. “Nada do que a gente não tenha feito! Expectativa tá alta, mas tá tranquilo. Já moro aqui há anos. Tá tudo sob controle”, detalhou o baluarte. Roseli complementou estar confortável demais para a apresentação. “É nosso bairro. Complexo do Alemão é nosso. Nossa comunidade esteve bem presente no carnaval. Não tem melhor forma de retribuir.” A diretora da ala das baianas, Solange Costa, de 71 anos, estava só esperando para se apresentar. “É muito bom, né? Sou nascida e criada em Ramos! É muito bom estar aqui e participar do Arraiá, ainda mais como campeã.”

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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