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Terça-feira de operações fecham escolas nas favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro

Operações interromperam atendimentos em escolas, trens e fluxo da Av. Brasil, na Zona Norte do Rio de Janeiro
Arte: Divulgação

Operações realizadas pela Polícia Militar na manhã desta terça-feira (20) impactou o andamento das aulas de alunos de algumas comunidades do Rio de Janeiro. Só na Cidade Alta, 8 escolas foram fechadas por conta da incursão, resultando em 1.844 alunos sem aula.

Além da Cidade Alta, aconteceram operações policiais também no Complexo de Israel, Cinco Bocas e Pica Pau. Teve operação também na Zona Oeste da cidade. Policiais militares do 18°BPM realizaram incursões na Cidade de Deus. Gardênia Azul, também na Zona Oeste do Rio de Janeiro, também começou o dia com operação.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação, responsável pelas escolas de ensino médio, nenhuma escola precisou ser fechada. Conforme nota, a Seeduc informou que “mantém diálogo permanente com as polícias militar e civil e vem acompanhando os registros feitos pelas unidades escolares através do Registro de Violência Escolar (RVE), ferramenta disponível na plataforma Conexão Educação, da Secretaria de Estado de Educação”. Já a Secretaria Municipal de Educação informou que na região da Gardênia Azul, as unidades escolares atenderam os alunos presencialmente. “Nas comunidades Cinco Bocas e Pica-pau, três escolas foram impactadas, afetando 664 alunos”, informou a nota.

Supervia e Av. Brasil paradas por causa de confrontos

Por volta das 8:30 da manhã, confrontos na região da Cidade Alta e Parada de Lucas, próximos à estação de trem, interrompeu serviços da Supervia e afetou quem passava pela Av. Brasil. Nas redes sociais, relatos de moradores registraram a situação.

“Começou um tiroteio prox a estação de Parada de Lucas e eu tinha acabado de passar por lá”

  • “Peguei Uber pro metrô com uma querida desconhecida que me ofereceu porque o trem tá parado devido a tiroteio”
  • “Tendo tiroteio em parada de Lucas o que me impossibilita de ir trabalhar”
  • “Como pode um tiroteio em Lucas parar a Av. Brasil inteira que essa hora já é parada ficou mais parada ainda”
  • “Tudo que o trabalhador precisa é de um tiroteio na Av. Brasil”
  • “Um tiroteio no meio da Av. Brasil, tive que me jogar no chão do ônibus”
https://twitter.com/Orpheus_OP/status/1759899295036199337

Serviços de saúde também foram afetados

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu nota a respeito do funcionamento das unidades de saúde nas áreas com operação nesta manhã de terça. A SMS informou que “na Zona Norte, a Clínica da Família Joãosinho Trinta e o Centro Municipal de Saúde Iraci Lopes acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, interromperam o funcionamento na manhã desta terça-feira (20). Já a Clínica da Família Heitor dos Prazeres e o Centro Municipal de Saúde José Breves dos Santos mantêm o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas nesta manhã. Sobre a Zona Oeste, a SMS informou que o Centro Municipal de Saúde Hamilton Land e as Clínicas da Família Bárbara Mosley de Souza e José Neves mantêm o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas nesta manhã”

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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