Um “erro processual” foi o motivo do adiamento da primeira audiência que trataria do caso de Kathlen Romeu. A sessão aconteceria nesta segunda-feira (11).
Kathlen tinha 24 anos e estava grávida quando foi atingida por um tiro de fuzil durante uma operação no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, no dia 8 de junho de 2021. Ao G1, a mãe, Jackline Oliveira, manifestou-se sobre o adiamento. “Acho que pedir calma para a família nesse momento é inapropriado. Tira a vida em dois segundos e fica postergando para fazer uma audiência”.
O diretor da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (FAFERJ), Davi Gomes, acredita se tratar de uma tentativa de arquivamento. A justificativa oficial foi de um “erro do TJ”. “Acreditamos que é mais uma manobra para o caso cair no esquecimento e ser arquivado, sem que ninguém seja punido”, ressaltou.
Durante a manhã da última sexta-feira (8), parentes e amigos da jovem fizeram um ato em frente ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) protestando contra o racismo e descaso do MP. As investigações não concluíram quem fez o disparo que matou Kathlen.