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Ministério Público do Rio vai investigar incursão policial que deixou 18 mortos no Alemão

Durante o ocorrido, a moradora Solange Mendes, de 49 anos, e Letícia Marinho, de 50 anos, foram mortas
Marcas de tiro em casas de moradores no Complexo do Alemão (Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades)

Na última semana, o Alemão foi alvo de uma ação policial que durou mais doze horas e deixou um clima de tensão por quatro dias na região. Diante disso, moradores relataram ao Voz das Comunidades que tiveram suas casas invadidas por agentes, muitos dos registros foram feitos em vídeo.

Visualizando o cenário e também recebendo informações, entidades ligadas aos direitos humanos estiveram na comunidade e cobraram do Ministério Público alguma ação sobre o resultado da “operação”. Conforme o MP, o plantão que foi instituído na execução da decisão do Supremo Tribunal Federal, ADPF 635 (ADPF das Favelas), recebeu 30 denúncias relacionadas ao não cumprimento das decisões tomadas pelo STF e irá investigar o caso.

Entidades ligadas aos direitos humanos visitaram o Complexo do Alemão após a operação policial da última semana
(Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades)

Entre as vítimas, estão os nomes de Solange Mendes, de 49 anos, que foi enterrada no sábado, no Cemitério de Inhaúma, e Letícia Marinho, de 50 anos, que foi morta com um tiro no peito em um dos acessos da localidade. Essa ação é considerada a quarta mais letal da história do estado.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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