O advogado João Pedro Accioly responsável pelo caso do assassinato de Eduardo de Jesus Ferreira de dez anos, pediu nesta semana o desarquivamento do caso ao Ministério Público (MP). Eduardo foi morto com um tiro de fuzil na cabeça em 2 de abril de 2015 na porta de casa no Areal. O inquérito concluiu que o disparo partiu da arma de um policial, mas na época ninguém foi indiciado.
Accioly, que também é professor de Direito Constitucional, cita no documento protocolado junto ao MP que houve fraude processual, além de homicídio e tentativa de homicídio e organização criminosa. A solicitação de reabertura do caso traz novas provas e novos fatos do dia do crime e tem assinatura de seis parlamentares.
Segundo informações do jornal O Globo, o documento mostra relatos de moradores e até de policiais de que não havia operação policial no dia do crime e que a família sofreu ameaças. Terezinha de Jesus, mãe da criança assassinada, chegou a ter uma arma apontada na cabeça. Na época, moradores do CPX fizeram um protesto, houve reconstituição do crime e até mesmo proposta de criação de uma unidade da Defensoria Pública no Alemão. Além da família, a Anistia Internacional Brasil também está acompanhando o caso.