Na última terça-feira (27), uma megaoperação policial parou o Complexo do Alemão, Maré e Complexo da Penha. A incursão começou na madrugada. Incêndio em barricadas e muitos confrontos durante a manhã. Com isso, foram impactadas 16 escolas na Penha, afetando 4.864 alunos. No Alemão 20 escolas foram fechadas, afetando 7.185 alunos. Na Maré, 24 unidades escolares foram impactadas pelas operações policiais, afetando 8.140 alunos. Ao todo, 20.189 alunos ficaram sem ir às escolas.
A Estrada Itararé e Itaoca foram bloqueadas por agentes militares às 5h da manhã e só foram reabertas apenas as 15h da tarde. Isso atrapalhou o transito. Moradores tiveram que andar mais de 1km para conseguir pegar condução para o trabalho. Comerciantes não conseguiram abrir suas lojas para trabalhar.
Durante a operação no Alemão, moradores precisaram descer o morro com corpos de pessoas que foram mortas na ação para ter atendimento. No Alemão foram 2 mortos. Ao todo, 9 pessoas foram mortas durante a operação policial em algumas comunidades do Rio. Quatro em são João de Meriti, Baixada Fluminense, e 3 na Flexal, Zona Norte do Rio.
Também houve violação dos direitos, policiais entraram nas casas de moradores no CPX. Os agentes reviraram tudo, deixando roupas jogadas no chão, comida espalhada e portas arrombadas.
Após um dia do acontecido, nesta quarta-feira (28), alguns comerciantes não conseguiram abrir suas lojas “Estou indo para o são limpar lá porque deve estar fedendo a fumaça”, comentou a dona de um salão de beleza da Nova Brasília no Complexo do Alemão.
Após a operação, o efeito cascata da saúde mental se inicia. Muitas pessoas procuram os centros de saúde para tratar ansiedade por conta do resultado da operação. O número de atendimentos aumenta exponencialmente na clínica de saúde.