‘Essa luta não pode ser só minha’, diz a mãe de Johnatha diante de condenação de PM por homicídio culposo

Johnatha foi morto com um tiro nas costas em Manguinhos, em 2014, durante uma operação policial
Foto: Reginaldo Pimenta

Nesta quarta-feira (6), a justiça do Rio decidiu pela condenação do policial Alessandro Marcelino de Souza por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) pela morte de Johnatha de Oliveira Lima, de 19 anos, durante uma operação policial em Manguinhos, em 2014. O crime agora será julgado pelo Tribunal Militar, que decidirá a pena do policial.

Os familiares do jovem estão revoltados com a decisão, pois esperavam pela condenação de homicídio doloso. A mãe de Jonatha, Ana Paula de Oliveira, se revoltou com a decisão do júri. “Meu filho foi assassinado com um tiro nas costas! Essa luta não pode ser só minha! Acabaram com a minha vida e da minha família! Essa é a resposta que a sociedade da pra mim?!”

Em 2014, o jovem foi morto com um tiro nas costas durante uma operação policial em Manguinhos, quando voltava a pé para casa da avó. Em sua primeira versão de depoimento, o PM relatou que tinha se deparado com pessoas armadas, mas que não atirou. Porem, o resultado do exame de balística mostrou que a bala que atingiu Jonathan tinha saído da arma de Alessandro. Logo em seguida, ele admitiu que tinha atirado 7 vezes.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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