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Caso Kathlen Romeu tem nova audiência marcada pela Justiça para o próximo mês

O julgamento será retomado em 27 de junho; na segunda (16) parentes da jovem morta no Complexo do Lins foram ouvidos
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Foi dado início o julgamento do caso Kathlen Romeu, jovem designer, de 24 anos, morta durante uma operação policial no Complexo do Lins. A primeira sessão aconteceu nesta segunda-feira (16), na Justiça Militar, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro da cidade. O caso irá completar um ano no próximo mês.

Os policiais militares Marcos da Silva Salviano, Rafael Chaves de Oliveira, Claudio da Silva Scanfela e Rodrigo Correia de Frias passaram a ser réus por fraudes processuais e crimes de falso testemunho. O capitão Jeanderson Correa Sodré também virou réu por fraude processual de forma omissiva.

Conforme a denúncia, Rafael, Rodrigo, Claudio e Marcos alteraram a cena do ocorrido antes da chegada da perícia. Eles retiraram o material que estava no local e adicionaram cartuchos e munições.

Durante a audiência, foram ouvidas nove testemunhas, sendo três familiares de Kathlen e os demais policiais que estiveram no dia da morte da jovem que estava grávida de 4 meses. Segundo os PMs, houve um ataque por parte de criminosos e os agentes revidaram.

Nova audiência

Uma nova audiência foi marcada para o dia 27 de junho. Neste dia, juízes ouvirão o depoimento do cabo Juan Fernandes Lima. Ele foi dispensado da sessão desta segunda por questões de saúde, segundo informações recebidas.

Derê Gomes, presidente da FAFERJ, comentou a audiência. “Nós, da FAFERJ, entendemos que esse processo é importante para provar que a cena do crime foi alterada, que houve uma fraude processual e isso, no nosso entendimento, já mostra uma culpa dos policiais. Ninguém altera a cena do crime se não é culpado. Entendemos também que Ministério Público precisa denunciar os policiais por homicídio. A Kathlen e o seu bebê foram assassinados e já está provado pela perícia da Polícia Civil que foram os PMs. A gente entende a importância desse primeiro processo, mas queremos ir além e garantir a denúncia por homicídio”.

A mãe de Kathelen, Jaqueline Oliveira, falou sobre o adiamento da sessão. “Pra mim se trata de uma manobra da defensora ganhar tempo, tendo em vista que as testemunhas de acusação foram ouvidas e os advogados dos réus estavam presentes. Vão montar uma defesa em cima do que ouviram. A nossa  ‘justiça’ é o maior retrato de injustiças”.

A mãe de Kathlen Romeu, Jaqueline Oliveira, antes da audiência no Tribunal de Justiça do Rio
A mãe de Kathlen Romeu no dia da audiência
Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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