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Junto com grafite de personalidades negras, Projeto Mural das Lutas Afro-Brasileiras oferece oficinas de arte de rua a jovens

Painéis serão pintados no Morro da Providência e no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira
Foto: divulgação / MUHCAB
Foto: divulgação / MUHCAB

A história do Brasil é muito rica, entretanto, muito marcada por imagens de pessoas da monarquia e seus feitos, valorizando pouco as pessoas negras que se fizeram presente na construção do país. Devido ao período da escravidão, documentos e registros de negras e negros foram perdidos por ações do próprio poder público, resultando em poucas memórias de pessoas pretas que lutaram por liberdade e igualdade.

Valorizando a importância de manter vivas as memórias de negras e negros, o Projeto Mural de Lutas Afro-Brasileiras realizará murais grafitados no Museu de História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB) e no Morro da Providência. Personalidades negras históricas serão imortalizadas nestes locais com o objetivo de promover suas identidades e dar importância sobre suas trajetórias dentro da história brasileira.

A atividade também será acompanhada por uma oficina de grafite, que será realizada em uma escola da região a ser definida. A iniciativa é uma parceria da Companhia Queimados Encena com o Instituto Entre o Céu e a Favela.

Os artistas que estão responsáveis pela transformação da história em grafite são Juliana Fervo (@fervatelie), Cazé Arte que já tem um trabalho de cartografia preta no @negromuro e André Kajaman, do @meetingofavela.

Foto: Divulgação / MUHCAB

Já sobre as oficinas, que acontecerão entre os dias 17 e 24 de agosto, seguem a seguinte programação:

  • 1º Dia – História do Graffiti: Práticas no papel. – Kajaman (Duração: 2h)
  • 2º Dia – Personalidades Negras. Escolha de homenageado: Prática de desenho de personagem. – Cazé (Duração: 2h)
  • 3º Dia – Arte Contemporânea e Graffiti. Estudo sobre grafiteiros e grafiteiras: Prática básica de graffiti no muro. – Fervo (Duração: 2h)
  • 4º Dia – Traçar personagem no muro e pintar: Kajaman, Cazé e Fervo. (Duração: 3h)

Para mais informações, podem entrar em contato com o Museu de História e da Cultura Afro-Brasileira através do Instagram (https://www.instagram.com/muhcab.rio/) ou pelo e-mail [email protected].

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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