A primeira audiência sobre o caso Kathlen Romeu está marcada para esta segunda-feira (16). A sessão ocorre às 13h30 no Tribunal de Justiça, no Centro do Rio de Janeiro.
Kathlen tinha 24 anos e estava grávida quando foi morta por um tiro de fuzil durante uma operação policial no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 8 de junho de 2021. Ela visitava a família quando a bala atingiu seu peito. As investigações não conseguiram identificar quem foi o responsável pela morte da designer, mas indicaram que o disparo partiu de uma arma da PM.
O Ministério Público denunciou cinco policiais por modificação na cena do crime e por falso testemunho. Dos réus, três são cabos, um é terceiro sargento e o último é capitão. A audiência aconteceria em abril, mas um ‘erro processual’ impediu que a sessão acontecesse. Na época, Davi Gomes, diretor da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (FAFERJ), se pronunciou dizendo que o erro do TJ se tratava de uma tentativa de arquivamento do caso. Neste dia 16, a Faferj se pronunciou a respeito do caso pelas redes sociais.
A mãe de Kathlen, Jackeline Oliveira, espera há quase um ano por respostas. Em declaração à TV Globo, Jackeline relatou a tristeza pela falta da filha. “A gente está preso na dor, na saudade, na covardia que eles fizeram. Ela não conheceu o rosto do filho dela, ela não sabe o sexo do filho dela. Eu perdi o direito de ser mãe, perdi o direito de ser avó”.