Em depoimento registrado na última terça-feira (26) na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), um dos agentes policiais presentes na ação do Jacarezinho, no dia 25, que matou Jhonathan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, confessou ter disparado a arma de fogo no jovem sem haver a situação de “troca de tiros” na região.
De acordo com informações do Uol, o cabo do Batalhão de Choque alegou que presenciou Jhonathan comercializando drogas e que, segundo ele, puxou uma arma da cintura. Ao observar a cena de “iminente risco”, o policial efetuou o disparo no peito do jovem e, logo depois, saiu da comunidade da Zona Norte correndo, sem prestar os primeiros socorros.
Em nota enviada para a reportagem do Voz das Comunidades, assessoria da Polícia Militar comentou que a reação de sair do local de forma rápida partiu pelo ato de repressão dos moradores que, supostamente, jogaram pedras no agente em forma de protesto.
De acordo com as informações dos familiares, a vítima não possuía nenhum envolvimento com o tráfico local. Além disso, não há registros de antecedentes criminais que envolva o nome de Jhonathan (um posicionamento que não comprovada nada, mas que é continuamente utilizado como justificativa de um ato letal em uma operação policial).
O corpo de Jhonathan, que trabalhava com a família vendendo roupas, foi velado nesta quarta-feira (27), no cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a Corregedoria da PM, as investigações sobre o caso continuam.