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PM admite disparos que matou jovem no Jacarezinho, mas alega “situação de risco”

Corpo de Jhonathan Ribeiro, 18 anos, foi sepultado na quarta-feira (27) no Cemitério de Inhaúma
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Em depoimento registrado na última terça-feira (26) na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), um dos agentes policiais presentes na ação do Jacarezinho, no dia 25, que matou Jhonathan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, confessou ter disparado a arma de fogo no jovem sem haver a situação de “troca de tiros” na região.

De acordo com informações do Uol, o cabo do Batalhão de Choque alegou que presenciou Jhonathan comercializando drogas e que, segundo ele, puxou uma arma da cintura. Ao observar a cena de “iminente risco”, o policial efetuou o disparo no peito do jovem e, logo depois, saiu da comunidade da Zona Norte correndo, sem prestar os primeiros socorros.

Em nota enviada para a reportagem do Voz das Comunidades, assessoria da Polícia Militar comentou que a reação de sair do local de forma rápida partiu pelo ato de repressão dos moradores que, supostamente, jogaram pedras no agente em forma de protesto.

De acordo com as informações dos familiares, a vítima não possuía nenhum envolvimento com o tráfico local. Além disso, não há registros de antecedentes criminais que envolva o nome de Jhonathan (um posicionamento que não comprovada nada, mas que é continuamente utilizado como justificativa de um ato letal em uma operação policial).

O corpo de Jhonathan, que trabalhava com a família vendendo roupas, foi velado nesta quarta-feira (27), no cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a Corregedoria da PM, as investigações sobre o caso continuam. 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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