Com 8 meses de uma das operações mais letais da história do Rio de janeiro, na qual 28 pessoas foram mortas, a Polícia Civil realiza uma nova ação na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (19). São de 1.200 policiais, 400 civis e 800 militares.
O clima é de apreensão entre os moradores, principalmente os que saem para ir trabalhar, por medo de que algo possa acontecer; muitos relatam que acordaram com policiais em suas portas. A Clínica da Família Anthidio Dias da Silveira, que abre às 7h da manhã, informou que não irá funcionar.
A operação é parte do Cidade Integrada, novo projeto de ocupação das comunidades, em que pretendem “retomar o território do Jacarezinho”, segundo a Polícia Militar.
No Twitter, o governador Cláudio Castro anunciou: “No sábado, vou detalhar os projetos que serão iniciados de maneira permanente em duas comunidades. E que servirão de modelo para outros importantes lugares que sofrem com a ausência de serviços e programas que realmente colaborem para melhorar a vida de quem mora nessas áreas”.
O prefeito Eduardo Paes afirmou em postagem na manhã desta quarta-feira no Twitter que “não é verdade que possa ocorrer qualquer programação ou reuniões prévias com equipes da prefeitura”, referindo-se a ocupação no Jacarezinho.
Mesmo assim, apoiou a ação do governo estadual. “Saúdo a iniciativa do governo do Estado em implementar uma política pública de restabelecimento do poder do Estado em todas as áreas do nosso território. Tenham a certeza de que a prefeitura apoiará, como sempre, qualquer ação que traga melhorias para a população carioca”, em publicação.
Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que, nesta quarta-feira, o Governo do Estado iniciou a retomada do território da Comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Algumas comunidades próximas também serão policiadas durante a iniciativa, como a de Manguinhos, Bandeira II e Conjunto Morar Carioca“.