Projeto ViDançar abre inscrições de aulas de xadrez para novos alunos

Visando democratizar o acesso ao esporte, as aulas são voltadas para crianças e jovens
Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo Pessoal

Xeque-mate! Quem nunca ouviu esta palavra? Ela é uma expressão própria do Xadrez, usada numa jogada que representa o final da partida. O Xadrez é um esporte, mas também é considerado uma arte e uma ciência. Pode ser classificado como um jogo de tabuleiro de natureza recreativa ou competitiva para dois jogadores.

O projeto social de Ballet ViDançar, do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, está com inscrições abertas para novas turmas de xadrez infanto juvenil. A ideia é apresentar para estes jovens esse jogo, pois ainda é muito restrito a determinadas classes, e, com isso, incentivar o raciocínio lógico deles. A oficina conecta a matemática e história, de forma lúdica e criativa, para os alunos de 7 a 15 anos.

Sobre a iniciativa

Ellen Senra, fundadora do projeto ViDançar, enxergou no xadrez uma oportunidade muito boa para apresentar uma nova modalidade educacional para os jovens da favela. “Tem incentivado muito o raciocínio lógico dos alunos, a matemática e a história. Tem sido bacana motivar estes alunos a aprender uma atividade extremamente elitista, que não é de fácil acesso, principalmente para alunos de periferias da rede pública de ensino”, contou Ellen.

Foto: Acervo Pessoal

Professor que ministra as aulas, Vitor Arantes, é historiador, pedagogo, árbitro de xadrez escolar formado pela Alerj e capacitado pela federação de xadrez do Estado do Rio de Janeiro em metodologia do ensino de xadrez escolar. O professor atua constantemente no trabalho como voluntário, por entender que o ensino do xadrez é uma opção de auxílio às crianças no desenvolvimento cognitivo, e também, por ser um agente de transformação social.

O esporte tem o poder de desenvolver habilidades como raciocínio lógico, concentração, memorização, capacidade de tomar decisão, ajuda no tratamento de crianças com TDAH.
Foto: Acervo Pessoal

“Minha ideia de ensinar xadrez como voluntário na comunidade partiu diante a transformação que o xadrez teve em minha própria experiência de vida. Eu era feirante, trabalhei com diversos produtos, inclusive cd pirata, onde consegui custear minha primeira faculdade e sair dessa vida de trabalho informal. Ao chegar no meio educacional, tive oportunidade de ensinar o xadrez e percebi que o xadrez, além de mudar minha vida, ajudou me a mudar a vida de outras pessoas. Eu não irei me estender, mas tenho exemplos de como pude fazer a diferença na vida de crianças e jovens através do xadrez.”

Como participar?

 As aulas presenciais serão oferecidas presencialmente a partir da próxima quarta-feira (3 de novembro):

  • Das 14h às 15h – alunos de 6 a 8 anos;
  • Das 15h às 16h – alunos de 9 a 16 anos.

Aos sábados, vai ter também uma outra turma de xadrez. Contudo, vai acontecer de forma online. Esta turma é uma oportunidade de moradores de outras favelas também participarem das aulas:

  • O horário será a partir das 18h30 – alunos de 7 a 12 anos.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou presencialmente no projeto, às sextas feiras, das 14h às 15h e também aos sábados das 10h às 12h.

Foto: Reprodução

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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