Foto: Laerte Breno
Na última sexta-feira (16), o Painel Covid-19 nas Favelas, desenvolvido pelo Voz das Comunidades, registrou a infeliz marca de 1.000 óbitos de moradores de comunidades cariocas. Em paralelo a essa triste marca, a chegada da vacina contra o novo coronavírus traz esperança de dias melhores.
Em primeiro lugar, devido à ausência do detalhamento dos casos nas favelas a partir da perspectiva da Prefeitura do Rio, o Voz das Comunidades, então, desenvolveu o Painel Covid-19 nas Favelas.
O intuito é levar aos moradores de comunidades informações locais a respeito do avanço da pandemia do novo coronavírus. A contagem, que vem acontecendo desde o mês de abril, era realizada em 25 favelas de diferentes regiões da cidade. Porém, durante este mês, mais outras 26 comunidades serão inclusas na contagem do painel.
- Painel Covid-19 nas Favelas registra 10.000 casos nas comunidades do Rio
- Painel da Covid-19 da cidade do Rio
Aumento dos números
Na atualização desta, o painel registrou 10.370 casos confirmados, 8.125 moradores recuperados. No entanto, houve 1.000 mortes nas comunidades do Rio. Em outras palavras, o crescimento de ocorrências de óbitos têm sido frequentes e diários. Após aumento no final do mês de outubro, o painel teve alterações em sua classificação. Poucos dias depois de registrar 10 mil casos, o número de mortes chegou, então, a casa dos mil.
Como resultado disto, o Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, tornou-se a comunidade com o maior número de casos. São 1357 casos, e 146 óbitos. Além disso, o Complexo do Alemão (também na Zona Norte) é a segunda comunidade com maiores índices de COVID-19. São 1145 casos, e 73 óbitos. A Rocinha, maior favela do Rio, e também da América Latina, é a terceira comunidade com maior registro de casos, 1030. A favela da Zona Sul registro, contudo, 64 óbitos.
Esperança
Hoje, duas mulheres foram as primeiras a serem vacinadas contra a Covid-19, na tarde desta segunda-feira (18), em um evento no Cristo Redentor. Terezinha da Conceição, 80 anos, e Dulcinéia da Silva Lopes, 59 anos, técnica de enfermagem, foram imunizadas.
Trabalhadores de saúde da linha de frente terão prioridade, em seguida os envolvidos na vacinação também estão incluídos no primeiro grupo a ser vacinado. Além desses, idosos acima de 60 anos, moradores de instituições de longa permanência, pessoas com deficiência a partir de 18 anos, residentes em casas inclusivas, e população indígena e quilombolas completam esse grupo.