Coletivos se unem pelo fim de ações violentas da polícia no Morro dos Macacos

A mobilização é em luta pela paz, para evitar mais episódios de violência e mortes de inocentes nas comunidades
Foto: Reprodução

Coletivos atuantes no Morro do Macacos, em Vila Isabel, na zona Norte do Rio de Janeiro, se unem pelo fim de ações violentas da polícia na comunidade. Moradores, lideranças e instituições organizaram um abaixo assinado para enviar à Defensoria Pública, com intuito de fortalecer as medidas da ADPF 635.

Membros do Coletivo Macacos Vive, SOS Vila Isabel, Entre Amigos, Associação do Morro dos Macacos e MOB começaram a busca por assinaturas de moradores do Morro dos Macacos e proximidades na última quarta-feira (19). A meta é conseguir pelo menos 10 mil assinaturas físicas pelo fim de ações violentas da polícia.

A mobilização é em luta pela paz, para evitar mais episódios de violência e mortes de inocentes nas favelas, como ocorreu no Morro dos Macacos no último sábado (15), quando um morador foi morto em tiroteio. Caio Gabriel Vieira da Silva, de 20 anos, estava correndo para casa quando foi baleado nas costas e não resistiu. O jovem participava de um torneio de futsal na quadra da comunidade, onde houve uma incursão policial.

A ADPF 635 (ADPF das Favelas) “pede que sejam reconhecidas e sanadas as graves violações ocasionadas pela política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro”, em apoio à ação do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar do STF ter decretado a proibição de operações policias em favelas do Rio durante a pandemia, tiroteios e operações ainda são frequentes. Ações violentas e mortes de inocentes nas comunidades não cessaram. As operações só podem ser realizadas “em hipóteses absolutamente excepcionais, que devem ser devidamente justificadas por escrito pela autoridade competente”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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