O Observatório de Favelas já lançou a segunda edição do Mapa Social do Corona, que é parte de um esforço para visibilizar os impactos desiguais da pandemia na cidade do Rio de Janeiro. O Mapa é semanal e apresenta conteúdos com análise de dados e que refletem a realidade vivenciada no cotidiano das favelas.
Para lutar contra o novo coronavírus é preciso conhecer os lugares onde as pessoas vivem, por isso a importância de analisar e discutir sobre urbanização nesse momento. É com esses detalhes explícitos que será possível agir de forma mais eficaz em cada lugar para proteger as pessoas e impedir a disseminação do vírus.
A 2ª edição do Mapa Social do Corona mostra que em 50 anos houve um aumento de domicílios no Brasil de 2 milhões para 40 milhões, sendo que 80% dessas moradias foram construídas com esforços da própria população. Com isso, muitas pessoas não têm acesso ao saneamento básico e nem à água tratada, o que causa impactos desiguais na pandemia. É preciso considerar condições de trabalho, possibilidades de acesso aos serviços de saúde e educação, etc, pois tudo isso influencia quando é preciso traçar estratégias tanto para a formulação de políticas públicas quanto para combater a propagação do coronavírus.
Quando fala-se, por exemplo, em lavar as mãos com frequência como forma de prevenção ao vírus, essa orientação não é possível por quem não tem acesso à água. E é aí que entram moradores, coletivos, organizações que expressam na prática sua solidariedade e tentam minimizar esses impactos desiguais com ações que informam sobre prevenção e fornecem alimentos, materiais de limpeza e produtos de higiene.
Acompanhe o Mapa Social do Corona no site do Observatório de Favelas.
Já a análise completa da 2ª edição dá para ler no clicando aqui.