Devido ao surto do coronavírus, escolas precisaram ser fechadas como parte da medida de quarentena que tem como propósito a diminuição do contágio pelo vírus. Com isso, muitas crianças ficaram sem aulas e acesso ao estudos. Pensando em uma forma de amenizar esse prejuízo e manter os 200 dias de aulas exigidos por lei, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro tem criado algumas alternativas para que as crianças consigam continuar acompanhando o material que seria estudado nas escolas.
O SMECArioca é um aplicativo que foi desenvolvido com conteúdo pedagógico para crianças, adolescentes e adultos com o foco em manter a aprendizagem, com poucos dias no ar ele já atingiu 1 milhão de acessos inclusive de internautas de fora do país. Também no site da Multirio , nas redes Instagram , Twitter e no canal 526 da NET é possível ter acesso ao Material de Complementação Escolar com conteúdos ligado ao currículo escolar da educação básica.
Além desses recursos o que tem funcionado bastante é a utilizando de grupos no whatsapp pelos professores com os responsáveis das crianças para facilitar a comunicação e estreitar o relacionamento com os alunos nesse período. Nesses grupos são enviados os exercícios que facilitam, por exemplo, famílias que não tem acesso a internet ou não são muito íntimas da tecnologia, assim os responsáveis imprimem esses exercícios e dão para as crianças realizarem as tarefas. “Estamos ajustando as atividades com o fato deles estarem longe da escola, eles sentem falta do ambiente escolar.” conta Vilma, mãe de 3 estudantes da rede pública. É possível também realizar os exercícios sem a necessidade de impressão. A criança pode visualizar o trabalho no celular e utilizar um caderno para as respostas, quanto às correções cada professor está ajustando a sua maneira.
E as crianças da favela?
As famílias que moram em comunidades e não tem nenhuma renda, ainda mais nesse período da pandemia, estão passando por mais uma dificuldade. Mesmo com os recursos oferecidos como solução, a maioria das casas na favela não possuem acesso a essas atividades por não ter computador, celular, conexão com a internet ou e até mesmo nenhuma condição financeira para as possíveis impressões. Diante disso, algumas mães se solidarizam umas com as outras, repassam as informações, os trabalhos, porém não é o suficiente, ainda assim existe a possibilidade de algumas crianças ficarem nesse período do isolamento sem essas atividades e ainda não foi pensado soluções para esses grupos.
Quem puder durante esse tempo exerça a solidariedade e divida sua internet, seu celular, os exercícios, com aqueles quem não podem ter acesso, a educação nos ensina tantas coisas boas mas o principal é sermos generosos. Bons estudos!