Nos últimos meses fomos surpreendidos com a notícia de que uma pandemia se iniciava do outro lado do mundo, a COVID19, que no início parecia impotente e distante de nossas respectivas realidades, mas logo trouxe o medo para a casa de todos. A vida parecia normal, até que a doença chegou no metro quadrado mais caro do país, a zona sul do Rio de Janeiro.
Com os noticiários trazendo informações sobre o que acontece no restante do mundo, a população brasileira começou a se prevenir de acordo com as recomendações dos especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS), que são lembradas diariamente em todas as plataformas de notícias. O álcool em gel logo desapareceu das prateleiras das farmácias e dos supermecados. Com a falta de produtos, uma informação importante também chegou: água e sabão são eficazes na prevenção do novo vírus, mas infelizmente a eficácia não será para todos.
Moradores de zonas periféricas começaram a se manifestar em redes sociais e por coletivos para tentar algum tipo de socorro dos governantes; a falta de água nas favelas reforça que existe um descaso com parte da população e que em momentos tão drásticos como este, ficam sem o direito de tomar banho, lavar as mãos e manter a casa minimamente limpa. No Rio de Janeiro a situação é ainda pior, tendo em vista que há pouco tempo a qualidade da água fornecida pela CEDAE já não era boa.
O prefeito do município do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou através de uma coletiva de imprensa pela internet que algumas comunidades receberão uma espécie de lavatório de mãos com água e sabão disponíveis para os moradores. Não foi especificado a quantidade de postos, nem os locais que serão construídos, o que deixa a sensação de incerteza para aqueles que precisam de água com urgência não somente para lavar as mãos, mas para uso diário em suas casas.