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#COVID19NasFavelas: Solidariedade em tempos de pandemia

O Rio de Janeiro declarou estado de emergência por conta da pandemia de coronavírus. Nossa rotina está mudando: crianças e jovens sem aula, shoppings fechados, transporte público reduzido, entre outras medidas drásticas que são necessárias para a prevenção do vírus. Nessa quarentena, existem os mais vulneráveis à doença chamados de grupo de risco. Segundo relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, são eles: idosos, diabéticos, hipertensos, quem tem insuficiência renal crônica, quem tem doença respiratória crônica e quem tem doença cardiovascular. Apesar de não ser uma doença só de idosos, o novo coronavírus mata mais as pessoas de 80 anos ou mais, 14,8% dos infectados morreram segundo pesquisa do CCDC (Centro Chinês para o Controle e Prevenção de Doenças). 

Nos últimos dias, surgiu uma corrente de solidariedade na internet muito legal: vizinhos que estão fora dos grupos de riscos se oferecem para fazer compras ou ir a farmácia, para que idosos não precisem sair de casa e arriscar se expor ao vírus. Eles apresentam o sistema imunológico deficiente, fragilidade de pulmões e mucosas, e idas mais frequentes a hospitais, por isso é de extrema importantância que fiquem em isolamento social durante a pandemia. A quarentena provoca sentimentos de medo e solidão, e solidariedade e empatia serão necessárias nos próximos meses, não é só se proteger da doença mas também pensar no próximo, naquele que está mais necessitado. 

Foto: Reprodução/Facebook

A moradora de Inhaúma, Isabelle Cristinne de 19 anos também publicou a corrente do bem em seu Facebook. A  estudante de Técnico de Enfermagem conversou com o Voz sobre os motivos que levaram a ela se oferecer para ajudar os idosos: “Ajudar o próximo sempre é bom, tenho avós, trabalho com idosos e sei o quanto é difícil para eles. Todos devemos ter mais empatia e ajudar, se formos parar para olhar muitos idosos não tem família ou ninguém que possa ajudar então se podemos porque não ajudaríamos?”

Ela contou que aguarda ansiosamente o contato de idosos precisando de ajuda. Seguindo o exemplo da jovem, vamos mostrar outros exemplos da solidariedade brasileira, que você pode copiar e compartilhar. 

Essa semana foi aniversário de 14 anos da Luiza, que junto com os pais está em quarentena voluntária, pois visitaram a Itália recentemente. A mãe fez o pedido num grupo de whatsapp, os vizinhos acenderam a varanda e gritaram o nome dela. O parabéns foi tão especial que virou matéria no RJTV.

https://twitter.com/metropoles/status/1240747372558376960?s=21

O perfil Razões Para Acreditar no Instagram publicou a história de uma farmácia que resolveu fazer uma campanha diferente: “Leve o frasco e ganhe 50ml de álcool gel”. Enquanto outros comerciantes cobram preços abusivos e parte da população faz estoque, tem gente de bom coração que distribuiu para quem precisa. O estabelecimento fica localizado no bairro de Uberaba em Curitiba, PR.

https://www.instagram.com/p/B94s-P9gkUp/?utm_source=ig_embed

Ainda na questão da falta de álcool gel, a nossa colunista Beatriz Diniz também fez sua parte. Ela compartilha com os funcionários do seu prédio e guardadores de carro que trabalham em seu bairro.

Os moradores do Complexo do Alemão, Camarista Méier e da Chatuba, em Mesquita sofrem com a falta de água há mais de um mês. A #Covid19nasFavelas lançou a campanha nas redes: “Caso tenha água em casa, compartilhe com quem precisa”

O Voz das Comunidades também está lançando a campanha Pandemia com Empatia, para ajudar as famílias que não tem condições de comprar sabão, álcool em gel ou estão com dificuldades com abastecimento de água. 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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