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Escola técnica continua com as portas fechadas na Vila Kennedy

Moradores lamentam pelo não funcionamento do espaço - Foto: Renato Moura/Jornal Voz Das Comunidades
Moradores lamentam pelo não funcionamento do espaço - Foto: Renato Moura/Jornal Voz Das Comunidades

Espaço está pronto há mais de dois anos, mas nunca funcionou efetivamente

Moradores da Vila Kennedy, na Zona Oeste, continuam à espera da inauguração do Centro Vocacional Tecnológico (CVT). O espaço é de responsabilidade da FAETEC (Fundação de Apoio à Escola Técnica) e tinha como premissa, se tornar um ponto de modernidade e cidadania.

A obra foi concluída em novembro de 2014, e a inauguração em fevereiro do ano seguinte. O evento recebeu um grande número de moradores do local, além de diversas autoridades e líderes comunitários. O então secretário estadual de Esportes e Turismo do Estado do Rio, Eduardo Paes também marcou presença na solenidade. Três anos após a celebração, população ainda não foi informada sobre início das atividades.

Moradora antiga da Vila Kennedy, Lucimar Ribeiro, 61 anos, lamenta a inutilização do centro tecnológico. “Isso aqui não funciona, sempre ficou assim, fechado. Poderia ser um curso para as crianças. A Vila Olímpica está quase no mesmo estado, vive fechada”.

Foto: Renato Moura/Jornal Voz Das Comunidades
Foto: Renato Moura/Jornal Voz Das Comunidades

A unidade da Vila Kennedy deveria oferecer cursos profissionalizantes e atender aos moradores dos bairros e comunidades do Catiri, Jardim Bangu, Coqueiros, Santíssimo, Carobinha e Gericinó. Entre as instalações aguardadas, estão laboratórios de informática, metrologia, solda, refrigeração, praça de ciência e auditório de multimídia.

Sheila de Almeida, também moradora da comunidade desabafa: ”A Vila Kennedy está abandonada, não existe mais cursos, nem projetos sociais. Nós temos que procurar fora da comunidade. A água da piscina da Vila Olímpica estava verde, as crianças ficam sem atividades, só temos uma creche do Estado para toda comunidade”.

Até o fechamento desta edição, a FAETEC não retornou os contatos do Voz das Comunidades.

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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