Foto: Betinho Casas Novas / Jornal Voz das Comunidades
A troca de tiros durou a manhã inteira, deixando um rastro de guerra pela comunidade
Uma intensa troca de tiros deu início na manhã desta quinta feira (02), no conjunto de favelas do Alemão, zona norte do Rio. Foram cerca de cinco horas de intensa troca de tiros que, resultou, em veículos, paredes, janelas e portas perfuradas pelos disparos. A troca de tiros começou na comunidade da Alvorada, parte alta do conjunto de favelas. Outras comunidades também teve confrontos. Pela comunidade, rastros das marcas do intenso confronto. “Eu tive que sair da minha sala, porque ela fica bem na rua. As balas pegaram na minha parede, não tive reação a não ser correr pra cozinha…” relatou uma moradora em seu perfil social no Facebook. No relato, a moradora mostra uma foto que mostra as marcas dos disparos. “Foi Deus que não deixou ninguém ser atingido.” comentou uma vizinha.
Quase dois mil estudantes ficaram sem aula, no volta as aulas desta quinta feira. Segundo a Secretaria municipal de Educação, estão sem atendimento duas escolas, uma creche e três Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) estão sem atendimento no turno da manhã, um total de 1.755.
Pelas ruas da comunidade da Alvorada, era fácil encontrar marcas de perfurações. Paredes, muros, portas e janelas até mesmo caixas D’águas, foram atingidos pelos disparos. Pela Rua 2, uma das localidades mais violentas da região, moradores denunciaram à nossa equipe, invasões, arrombamentos e até mesmo furtos, ocorridos durante a operação. Segundo os moradores, os danos e os furtos foram causados pelos militares durando a operação. Todos os moradores que denunciaram as ações foram para a 45DP – Alemão – para abrirem registros de ocorrências, sobre os fatos denunciados para nossa equipe.
Até o fim dessa reportagem, a assessoria de comunicação da policia civil e militar, ainda não se prontificaram pelas denuncias feitas pelos moradores e pela delegacia em greve.