Em um Brasil que se encontra na 60º posição no ranking mundial de Educação em 2015, feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), falar sobre algo tão importante para a formação da capacidade intelectual, física e moral de um cidadão é crucial para o momento que vivemos atualmente onde este passa por uma série de mudanças duvidosas e questionadoras.
O modelo atual da Educação vem desde os tempos da 1a Revolução Industrial no século XIX onde jovens eram capacitados apenas para “atuar em favor do crescimento da indústria e gerar riqueza para a burguesia capitalista”, desconsiderando os seus problemas sociais, seus sonhos e desejos que os levariam a outro patamar.
O problema é que já estamos no século XXI e, de lá para cá, muitas coisas mudaram e mais revoluções aconteceram mas o modelo não evoluiu para melhor, por exemplo a falta de debate dentro do ambiente escolar, a ausência de conexão entre o professor e o aluno, a evasão escolar por falta de interesse, a falta da oportunidade de mostrar profissões novas (deixando de focar no que a pessoa deveria ser e seguir com que a pessoa quer de acordo com suas escolhas) e por aí vai. O fato do Estado ter colocado violência dentro das comunidades (favelas) e não uma educação de qualidade também gera um impacto muito grande nos rankings e na sociedade em si.
Nós precisamos muito mais do que uma reforma por meio de artigos e leis. Precisamos de mudanças sociais que saiam dos muros de todas as escolas e se estendam até a comunidade onde se localizam. Ouvir mais os estudantes, incluir as novas tecnologias de forma que despertem o interesse pelo saber, mais interdisciplinariedade e trabalhar valores morais são pontapés para grandes ideias e grandes avanços pelas quais necessitamos.
A escola deve ser só o começo do impacto de uma pessoa no mundo, pois lá ela conhece o poder que tem nas mãos de mudar não só o círculo escolar mas o que tiver ao seu redor e para reconhecer a sua importância na sociedade. Como Charlie Chaplin disse em “O Grande Ditador” de 1940, precisamos mais do que máquinas e sim de HUMANIDADE. Sem essa e outras virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido.