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Voz da Comunidade em Frederico Westphalen – Diário de Bordo

Visitando a redação do Folha

Conheça um pouco mais da cidade, da cultura, da CUFA, das favelas…

Frederico Westphalen é um município do Rio Grande do Sul, localizado a 434 km da capital, com cerca de 30 mil habitantes e nós, do Voz da Comunidade, fomos convidados pela CUFA\FW para a segunda edição do Festival da Juventude, que mobiliza palestras, atividades esportivas e culturais.

O trabalho da CUFA no local tem se destinado a favela da Pedreira e a Vila Branca, duas comunidades que passam por problemas parecidos com o Complexo do Alemão: tráfico, ausência de saneamento básico, lazer, educação institucional e esse retrato está sendo mudado através das ações da CUFA, que há 6 anos vem atuando através de cursos, aulas de música, esportes, ações sociais e muito mais.

Chegamos em Frederico no começo da tarde de quarta-feira (06), e decidimos conhecer o centro da Cidade e a primeira hamburgueria inaugurada lá, intitulada de “Senhor Frederico” que oferece um ousado cardápio de hambúrgueres e cervejas. Optamos por experimentar o sanduíche que carrega o nome da casa, “Senhor Frederico” acompanhado daquela coca-cola gelada e muitas risadas com nossos “guias” Liana Kossmann e Junior Torres, que trabalham na CUFA\FW.

Quinta-feira (07), Rene abriu o Festival da Juventude contando sua história e do Jornal Voz da Comunidade para um público de, aproximadamente, 600 pessoas. A palestra durou pouco mais de uma hora e foi seguida de entrevistas para jornais locais e bate- papo com alguns alunos residentes.

A tarde, fomos conhece as redações dos dois grandes jornais locais: O Alto Uruguai e Folha do Noroeste. O primeiro é bissemanal e comemorou 50 anos em 2016. Já a folha, é distribuída gratuitamente em 32 municípios todas as sextas-feiras. As redações são bem grandes e as equipes nos receberam de braços abertos e muito curiosos sobre o jornalismo que exercitamos no Alemão. Rene Silva estampou os dois jornais impressos da cidade com sua história. Depois  da troca de ideias, fomos levados para conhecer a Cachoeira Faguense um dos pontos turísticos do local, com uma queda d’água linda.

Após o passeio, fomos a rádio comunitária da cidade e entramos ao vivo às 20:00, contando um pouco de nosso trabalho. No dia 07 de abril, também é comemorado o dia do Jornalista e uma festa iria acontecer na casa de shows Maria Lucia. Nossos “guias” e alguns amigos nos chamaram para festa e curtimos um dj que tocou sertanejo e rap e ainda um cover de rock nacional e internacional.

Sexta-feira (08) era o dia de dizer até logo a Frederico, que apelidei de “Fredinho”. Dormimos até mais tarde e fomos direto ao almoço, o tradicional churrasco gaúcho. Após muita comida, fomos conhecer a Vila Branca, que hoje é chamado de bairro São José, onde conhecemos “Dona Mariona” que foi a primeira mulher a chegar no local e ajudou na construção de tudo que existe hoje, lá. Um mar de conhecimento e histórias, se podemos defini-la, talvez seja dessa forma. Conhecemos alguns moradores e andamos pelo local, observando muito do mesmo que vemos aqui. De Vila Branca, fomos para Pedreira onde a CUFA reformou um campo de futebol e está em andamento com a obra de um parque e inserção de arvores no local.

Chegava ao fim nossa viagem, mas a intenção através desse texto é divulgar o trabalho maravilhoso que é feito lá.

Acompanhe a página do facebook da CUFA\FW e até a próxima viagem!

https://www.facebook.com/cufafw/?fref=ts

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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