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Sucesso de público e crítica em 2015, Antologia do Remorso terá 14 apresentações gratuitas em equipamentos culturais e no Teatro Gonzaguinha em abril e maio

Violência nas relações amorosas é apresentada de forma tragicômica em peça com influência

do cinema Noir e do universo Rodrigueano

Se Nelson Rodrigues estivesse vivo hoje, sobre que temas ele escreveria? Foi esse o ponto de partida para Flávia Prosdocimi escrever 14 contos sobre os mais variados assuntos: vaidade, culpa cristã, preconceito, machismo, traição.  Os textos são de 2013, um ano após o centenário de nascimento do dramaturgo, e até o ritual da escrita foi inspirado nele. Durante um mês, ao acordar, a autora sentava de frente para o computador, escrevia um conto e enviava para o e-mail do marido, o ator Tiago d’Avila, com o assunto “Correio da Manhã”.  Era este o nome de um dos jornais nos quais Nelson Rodrigues publicava seus textos.

Entre os 14 contos, cinco foram escolhidos para a montagem da peça Antologia do Remorso, que acabou de ser contemplada pelo Edital de Fomento da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e ficará em cartaz entre os dias 1 de abril e 25 de maio. Serão 14 apresentações gratuitas – 12 em lonas e arenas culturais e duas no Teatro Gonzaguinha -, todas com intérprete de libras. “Além do acesso de pessoas com deficiência auditiva, a peça é muito bem recebida também pelo público com deficiência visual, já que não houve adaptação dos contos para a montagem. É uma circulação bastante democrática”, diz Flávia. No elenco, Elisabeth Monteiro, Tiago d´Ávila e Gustavo Barros. Direção de Daniel Belmonte.

O espetáculo percorrerá as lonas João Bosco, em Vista Alegre, Elza Osborne, em Campo Grande, Hermeto Pascoal, em Bangu, Arena Dicró, na Penha, Lona Herbert Vianna, na Maré, Lona Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá, Arena Chacrinha, em Pedra de Guaratiba, Arena Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, Lona Sandra de Sá, em Santa Cruz, Lona Carlos Zéfiro, em Anchieta, Lona Terra, em Guadalupe, Lona Gilberto Gil, em Realengo, além de duas apresentações no Teatro Gonzaguinha, tendo sua estréia hoje na Lona João Bosco, às 19:30.

Todas as apresentações serão gratuitas, com classificação de 14 anos e duração de 60 minutos.

 

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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