O carnaval é um livro interminável, movimentado por grandes desfiles, celebrações e, claro, icônicos personagens. Cada um deles defendendo seu pavilhão, no canto, no samba, no quesito e no talento. E grandes personagens, após fazer sua passagem, não são esquecidos e sim, imortalizados.
Na tarde desta sexta-feira, a Imperatriz Leopoldinense deu seu último adeus a Chiquinho, um dos grandes personagens do Carnaval e um grande mestre-sala da escola. O velório aconteceu na tarde desta sexta-feira e levou vários colegas, amigos e parentes para a quadra da escola de samba, em Ramos, na Zona Norte do Rio.
Liliane, musa da velha guarda da escola, comentou sobre a partida do amigo. “Conhecia muito o Chiquinho, trouxe muitas vitórias à nossa escola. Muitas notas 10, tanto ele quanto a mãe dele. Sentimos muito. É uma dor. Ele era muito querido”, finalizou.
Filho de Maria Helena, um dos maiores nomes de carregar o pavilhão de Porta-Bandeira da Imperatriz, Chiquinho deixa mulher e três filhos.
O Enterro de Chiquinho
Chiquinho foi enterrado no cemitério de Inhaúma. Acompanhado de amigos, familiares e componentes da escola, o caixão foi abraçado pelo pavilhão da Imperatriz Leopoldinense. Mestre Bagdá, ensinou Maria Helena e Chiquinho sobre a arte do bailar do casal de mestre-sala e porta-bandeira. “A escola que eles passaram, eu que levava para as apresentações”.
O mestre-sala atual da escola, Felipe Lemos, comentou que Chiquinho deixou um legado na sua vida e um marco na Imperatriz Leopoldinense. “Tudo o que eu sou hoje, tenho o Chiquinho como referencia. Referencia de felicidade, de alegria. Chiquinho era o carnaval. Era um prazer de viver a folia. Ele entra no plano espiritual com a certeza de que a semente foi plantada e que ela vai criar raízes muito fortes”.
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Produção de reportagem: Selma Souza