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Projeto Intercessão leva cultura e arte para os jovens de Irajá e Para-Pedro

O projeto oferece aulas gratuitas de futebol, grafite e dança voltadas para o público infanto-juvenil
Aula de charme do Projeto Intercessão. Foto: arquivo pessoal.

Com a missão de educar por meio da cultura e do esporte, o Projeto Intercessão busca oferecer alternativas de lazer e aprendizado, além de reduzir o tempo ocioso dos jovens da comunidade. A iniciativa também se destaca por sua atuação como uma rede de apoio para as famílias, que muitas vezes precisam se ausentar de casa para trabalhar e contam com o projeto para oferecer um ambiente seguro para seus filhos.

O projeto Intercessão surgiu em 2014, idealizado por Si Santos, que acreditava que a iniciativa seria uma revelação divina. A proposta consistia em um grupo com quatro membros, tendo Deus como o líder espiritual do projeto. Entretanto, alguns membros da organização faleceram, enquanto outros se mudaram, foi então que Alan Cecílio, afilhado de Si e presidente da organização, tomou frente do projeto oferecendo aulas gratuitas de futsal e grafite para os jovens da comunidade.

Foto: arquivo pessoal. / João Vitor é a criança no meio da imagem com colete laranja.

João Vitor Rodrigues, de 11 anos, é um dos jovens que participa do projeto Intercessão. Sua mãe, Mariza Rodrigues, compartilhou um pouco sobre a importância do projeto no seu dia a dia. Para ela, as aulas são um apoio essencial em sua rotina de trabalho. Ela destaca que o maior benefício das atividades é “ver como o meu filho está se desenvolvendo, na educação, ajudando na parte mental, motora e social dele”. Mariza afirma que caso o projeto não existisse, com certeza seu filho estaria na rua ou no celular.

Alan relata que um dos motivos para fortalecer a iniciativa foi um episódio trágico: “Tivemos a perda de um de nossos jovens em uma guerra que houve na época, o que nos motivou a intensificar ainda mais o projeto para que não perdêssemos outros jovens da mesma forma”.

As aulas acontecem semanalmente e estão abertas para todos os interessados. Às segundas-feiras, as atividades são realizadas no Bohemio de Irajá, das 20h às 22h, enquanto às terças-feiras, as aulas ocorrem na própria comunidade Para-Pedro, também das 20h às 22h. A participação é simples: basta comparecer ao local e se juntar ao grupo.

Os desafios do projeto social

Foto: arquivo pessoal.

Atualmente, o maior desafio enfrentado pelo projeto Intercessão é estrutural. As aulas são realizadas na lateral do campo da comunidade. No futebol, o projeto atende cerca de 150 crianças, que são divididas em faixas etárias. As crianças de 6 a 9 anos são orientadas pelo professor Rogério, enquanto as de 10 a 11 anos têm aulas com o professor Carlos Henrique e os adolescentes de 12 a 13 anos treinam sob a supervisão de Alan Cecílio, atual líder do projeto. 

O projeto busca ampliar as atividades oferecidas, incluindo aulas de dança e grafite, com o objetivo de ocupar o tempo dos jovens de forma positiva. As aulas de dança são destinadas para todas as idades, a partir dos 10 anos, e têm atraído a atenção dos moradores. Além disso, a equipe busca captar professores voluntários para oferecer aulas de reforço escolar, ampliando ainda mais as atividades para as crianças atendidas pelo projeto. No entanto, a inclusão do reforço escolar ainda é um objetivo em desenvolvimento, dependendo da adesão de voluntários. 

Outro grande desafio enfrentado pelo projeto é a falta de apoio financeiro e de patrocínios. Toda a iniciativa se mantém por meio do esforço dos voluntários e da dedicação da comunidade, sem contar com recursos externos para melhorias na infraestrutura ou ampliação das atividades oferecidas.

Para se voluntariar ao projeto, entre em contato com Alan Cecílio através do número (21) 99759-5973. As atividades são realizadas de acordo com a disponibilidade dos voluntários.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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