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Eterno Chiquinho: respeitado mestre-sala, campeão 6 vezes pela escola Imperatriz Leopoldinense, morre no Rio

José Francisco de Oliveira Neto estava lutando contra uma infecção bacteriana, no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte.
Mestre-sala Chiquinho, morre no Rio. Foto: reprodução

Luto no mundo do samba! Aos 60 anos, morre o histórico mestre-sala Chiquinho, da escola Imperatriz Leopoldinense, nesta quinta-feira (17) no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio. José Francisco de Oliveira Neto, conhecido como “Chiquinho” foi internado no dia 17 de setembro, e desde então, estava lutando contra uma infecção bacteriana que sofreu um processo de sepse, e se desenvolveu para o estado generalizado, tomando todo seu corpo.

Durante período hospitalizado, o quadro de saúde era grave. Chiquinho é filho da eterna Maria Helena, que era porta-bandeira fez carreira no samba seu lado na escola de samba Imperatriz Leopoldinense. A mãe faleceu em 2022.

Mestre-sala Chiquinho ao lado de sua mãe Maria Helena, respeitada porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense. Foto: reprodução/arquivo pessoal

A dupla desfilou pela Imperatriz de 1983 a 2005 e foi campeã pela escola seis vezes. Inclusive, em 2005, no último ano da dupla a desfile pela Sapucaí, os dois foram assuntos na série de matérias “Talentos do Samba”, do RJTV, da Tv Globo. A reportagem mostrou um pouco da história e da relação da dupla com o samba.

Chiquinho deixa sua mulher e três filhos. Bruna Carpinetti, filha do mestre-sala, disse como era seu pai, e acrescentou que ele valorizava sua família e seus amigos. 

“Ele era um parceiro meu, meu orgulho. O melhor marido, pai e avô que já vi na vida. Me dava conselhos, me chamava para as melhores conversas, que eu nunca vou esquecer. Além disso, era um avô excepcional para a minha filha. Ela vai levá-lo para toda a vida. Não podiam nem brigar com ela que ele falava: ‘Não mexe com minha neta’. Que falta ele vai nos fazer”, comentou.

A agremiação em nota de pesar destaca a importância do mestre-sala Chiquinho

A Imperatriz Leopoldinense, escola de Ramos, na Zona Norte, lamentou o falecimento do baluarte. Ele, definido como “eterno e respeitado mestre-sala”, atualmente era nomeado como “Joia da Coroa”, a maior homenagem destinada aos baluartes da escola de samba.

“Ao lado de sua mãe, a inesquecível porta-bandeira Maria Helena, Chiquinho fez história na Marquês de Sapucaí, e em seis dos nove títulos de nossa agremiação, defendeu o pavilhão da Rainha de Ramos com maestria, elegância e imponência, sendo inspiração para tantas gerações de mestres-salas do Carnaval. Chiquinho nunca será esquecido, e o mesmo merece todas as homenagens e reverências por sua colaboração à maior manifestação cultural do nosso país. Fica registrada aqui a nossa gratidão e os sentimentos aos familiares, amigos e fãs. Descanse em paz”, diz a declaração.

O velório será na quadra da Imperatriz Leonopoldinense, em Ramos, Zona Norte do Rio no horário da manhã. O local de sepultamento não foi informado.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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