Enquanto idosos com mais de 70 anos, mesmo sem a obrigatoriedade do voto, compareceram às urnas, jovens e adolescentes participaram da sua primeira eleição. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o voto facultativo de 15 a 18 anos, mas graças a campanha do TSE incentivou quase 100 mil jovens de 15 a 18 anos solicitaram o título de eleitor e o reflexo disso, foi uma eleição participativa com pessoas mais novas.
Na favela da Rocinha, Zona Sul, Maria Eduarda dos Emiliano, de 21 anos, contou a experiência de votar a primeira vez. “Ah, eu tô aqui ainda, meu Deus, e quem eu vou votar? Então eu tô meio indecisa, só tô só do prefeito, de um vereador, não sei. É bastante importante pra mim, porque eu vejo que eu vou estar votando numa pessoa eu vejo que tá fazendo alguma coisa pela comunidade. Tô vendo o andamento da pessoa pela comunidade isso é um bastante evolutivo”, detalhou Maria Eduarda. Ela votou no CIEP 303 Ayrton Senna Da Silva.
A eleitora contou que preferiu ir pela manhã no local de votação e colocou o calor do domingo ensolarado como um dos vilões do dia. Apostando na democracia, a jovem relatou: “Eu espero que esse ano seja melhor do que o ano passado. Acabei me decepcionando em algumas coisas”, refletiu.
Com 20 anos, Ana Carolina Felix da Silva, mostrou a importância de exercer o direito do voto. A jovem votou no Ciep João Batista dos Santos, na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. “Às vezes é meio com adrenalina porque é uma responsabilidade. É pra gente poder ver o vereador e o prefeito do povo e as consequências que pode levar um voto”, relata a jovem. Sendo a sua primeira vez votando, ela carregou consigo o tamanho da responsabilidade. “Querendo ou não, é um voto de firmeza. Você pode confiar naquela pessoa, mas aí a gente vê lá na frente, para onde esse voto pode levar a gente”, esclarece Ana Carolina.
Igor Araújo, de 19 anos, também morador da Rocinha, falou sobre sua primeira vez na democracia brasileira. Ele votou na Escola Municipal Luiz Paulo Horta, localizada dentro da favela. “Eu acho muito importante, porque todos nós somos políticos. Então, acho muito importante a gente participar de alguma forma desse processo democrático. Eu gostei muito, eu não sabia que era assim, tão fácil, bem autoexplicativo quando a gente chega ali na boca da urna pra votar”.
Igor contou à reportagem que encontrou uma pequena fila para votar, mas que o processo foi rápido. . Sobre sua expectativa para com o resultado das eleições, ele almeja que resolvam problemas dentro da comunidade. “Eu gostaria muito que eles melhorassem aqui o lixo. Porque fica muito lixo nas ruas, e toda vez que chove entope os bueiros. Na quinta-feira (3) choveu muito, aí escorreu tudo. Entra água suja na casa dos moradores… Difícil”, reflete o morador.