O F20, que pôs a Favela no Debate Global, trouxe para o debate a tecnologia como soluções possíveis para as desigualdades sociais dentro dos diferentes territórios, no último dia do Rio Innovation Week (RIW), no último dia 16. O RIW o maior evento de tecnologia e inovação da América Latina. A equipe participou do painel: Soluções tecnológicas para redução das desigualdades sociais nas favelas: A tecnologia como ferramenta de transformação
A apresentação contou com a presença grandes personalidades de diferentes instituições: Raife Sales (Voz das Comunidades), Marina Meloni (MINA energiass), Thaís Santana (Futuroon), Jéssica Almeida (Rolê Favela Geek). A mediação ficou por conta da Joice Bento, também do Voz das Comunidades e do F20.
Composto por iniciativas comunitárias e tecnológicas, o debate abordou visões a partir das favelas cariocas e favelas de São Gonçalo, mais precisamente Complexo do Coruja. “Tomem as responsabilidades pra si, se vocês tem dinheiro e o financiamento ajudem”, alertou Marina durante sua apresentação. Já Raife, gerente do APP do Voz das Comunidades, disse a importância de se pensar a comunicação atrelada à tecnologia e o Voz das Comunidades consegue produzir dados a partir das favelas, junto aos moradores de forma eficaz para o jornalismo e para a ciência. “Assim, ter essa visibilidade nesses espaços e muito trazendo a gente como potência do que a gente faz e não como objeto. Então é muito importante a gente ter painéis e iniciativas como o painel do F20, como o próprio F20, da gente estar mostrando a nossa potencialidade, a nossa capacitação com pensamento crítico e também com propósito de prosperar”, ressaltou Marina Meloni, fundadora do Mina Energia Solar e Sustentável.
Thaís Santana, diretora executiva do Futuroon, abordou questões em seu discurso: como letramento digital e tirar os estigmas para os jovens favelados serem potências dentro da tecnologia. E continuou, “A tecnologia está inserida no cotidiano, é uma realidade, por isso, a gente há 2 anos atrás criou o Futuroon, no Complexo do Futuroon, em São Gonçalo que atende a 200 alunos de terça a sábado e conta com um time de voluntários”, afirmou Thaís.
“O que a gente tem dentro da favela é para levar para todo mundo, nasce muita coisa importante, a gente consegue construir como, por exemplo, o empreendedorismo”, elabora a diretora executiva do Futuroon. Outra característica marcante era um painel de tecnologia e a sua maioria eram mulheres, neste sentido, Thaís conclui, “muitas vezes, eu sou a única mulher numa reunião, por isso dentro do Futuroon, a gente fez questão de colocar uma programadora para ensinar para mostrar as mulheres que este é nosso lugar, somos dos negócios, das investimentos grandes”, Santana traz uma provocação aos lugares das mulheres dentro do mercado tecnológico.