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Arte e Empreendedorismo: André Arts inova pintura feita na água no Complexo do Alemão

Foto: Uendell Vinicius / Voz das Comunidades

Uma mistura de talento, precisão e tinta. É assim que André Arts faz sucesso na personalização de peças de motos e carros com a pintura hidrográfica, no Complexo do Alemão. Mais conhecido na comunidade por esse nome, sua loja, localizada na Rua Canitar, 675, apresenta a pintura em peças feitas na água. 

Nascido em Realengo e morador do CPX há 3 anos, onde vive com sua esposa e filho, André Souza, 42, sempre teve a competência para a arte e desde a escola, exibia no caderno desenhos feitos a mão por ele mesmo.

Assim como muitas pessoas no Brasil, André também foi vítima do desemprego na pandemia em 2020. Ele teve que procurar e buscar alternativas após ser demitido do trabalho de motorista. Usando as redes sociais para espairecer sobre o momento difícil, por um acaso ou destino, encontrou a pintura hidrográfica. “A pintura hidrográfica é um método de personalização de desenhos impressos em objetos. E pode ser usado em metal, plástico e vários outros materiais. Usamos tinta, aderente, verniz e uma película que já tem o desenho. Além de imergir o objeto no tanque de água”, explica André. 

Após se interessar por essa área e ver que era algo novo e diferente, André teve determinação e foco para ir atrás de informações e começou entrando em contato com o primeiro curso de pintura hidrográfica no Brasil, localizado em São Paulo. Naquele momento, ainda desempregado, teve uma conversa com a sua família, que o incentivaram e ajudaram ele a pagar o curso. “No início, eu tinha uma insegurança porque eu era motorista e agora vou trabalhar com pintura. Mas confesso que desde sempre gostei de desenhar. E quando estudei mais sobre a pintura hidrográfica, pensei na hora que esse trabalho combina comigo” relata.

Foto: Uendell Vinicius / Voz das Comunidades

Com o curso já em andamento, André trabalhava como motorista de aplicativo para manter as contas em dia e comprar todos os materiais que precisava para abrir sua própria marca. Depois de concluído o curso de pintura, decidiu abrir sua marca na comunidade. Com criatividade e dedicação, improvisou uma geladeira antiga para usar como tanque. Com o passar do tempo, as pessoas sempre vinham à sua loja perguntar o que era e como fazia. O trabalho se destacou e ganhou a comunidade, assim como trouxe muitos curiosos. “A melhor propaganda é boca a boca”, ri André, explicando que já recebeu clientes tanto de dentro do Complexo do Alemão como Seropédica.

Atualmente, com 3 anos de atuação e com mais de 150 peças com a sua marca no Complexo, sua arte está exposta na vitrine da loja. E o mostruário é imenso, com um paredão de opções.

Dentro do CPX e nas suas redes sociais, é possível ver em diversos capacetes, para-lamas e até capinhas de celular, com pinturas como a do Hulk, Super Homem, Minions e até bandeiras dos Estados Unidos. Todas personalizadas por ele. Realizado com a profissão que tem, André tem suas metas para o futuro. “Meu maior objetivo é expandir minha loja e criar um projeto para ensinar a pintura hidrográfica para as pessoas, para elas poderem se capacitar e ter essa profissão”, finaliza.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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