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CNC: ‘Rouanet nas Favelas abre possibilidades de mais agentes culturais acessarem os recursos’, diz secretário do MinC

Programa vai investir, incialmente. R$5 milhões nas capitais da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará e Goiás
Foto: Victor Vec / MinC
Foto: Victor Vec / MinC

A Lei Rouanet existe há 32 anos, mas é a primeira vez que é lançado um edital exclusivo para favelas. Projeto piloto do Ministério da Cultura, em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), Vale e Instituto Cultural Vale, a ‘Rouanet nas Favelas’ vai investir R$5 milhões nas capitais da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará e Goiás. Segundo o Secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural, Henilton Menezes, o programa abre muito mais possibilidades de mais agentes culturais acessarem, concretamente, esses recursos.

‘Rouanet nas Favelas’ tem como objetivo a nacionalização dos recursos, que historicamente estão centralizados principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. “Mas isso não quer dizer que a gente não vai expandir esse programa para outros territórios. Estamos apenas cumprindo uma determinação do decreto que pede prioridade inicial nessas ações de nacionalização de recursos para essas 3 regiões (Centro-Oeste, Nordeste e Norte”, explicou o secretário, que incluiu  o Rio de Janeiro nos planos futuros. 

De acordo com Henilton Menezes, é preciso que o projeto piloto dê certo e que haja ações de boa qualidade nesses territórios para que se consiga credibilidade. “E, assim, o MinC possa buscar novos parceiros para fazer com que esse programa chegue a mais territórios brasileiros, também na região Sudeste e Sul.”

A ideia é inverter o fluxo da livre escolha do patrocinador. “Quando a gente leva essa possibilidade de financiamento para esses territórios de favela, nós estamos invertendo o fluxo da escolha livre do patrocinador em que ele vai patrocinar. A gente pactua com esse patrocinador, que no caso é a Vale, uma ação já territorial localizada e assim garantimos que aquele território, como outros territórios brasileiros, tenha essa possibilidade de utilizar esses recursos que são oriundos da renúncia fiscal do governo federal.”

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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