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Alunos de escola do Complexo do Alemão sentam em caixotes para assistir às aulas

Segundo a mãe de aluno, além de não ter carteiras também há falta de professores. Secretaria Municipal de Educação agiu diante da situação
Foto: Reprodução

Uma reportagem do G1 mostrou a situação de alunos da Escola Municipal Rubens Bernardo, do Complexo do Alemão, que sentavam em caixotes de madeira para assistir aulas. Segundo a reportagem do G1, Juliana Borges, mãe de um estudantes do quarto ano da escola, relatou que os alunos enfrentavam a situação por conta da falta de cadeiras. Além disso, a mãe disse que também há falta de professores e uniforme.

Ao Voz das Comunidades, Viviane Mendes, mãe de dois meninos autistas do primeiro ano, relatou que precisa ficar na escola por falta de mediadores, mas que pelo menos na sala há mesas e carteiras sobrando. Ela também diz que há caixas com uniformes na escola.”Não ter mediador é muito ruim porque o tempo que eu poderia ter para fazer alguma coisa ou ir ao médico eu tenho que deixar de lado, pois tenho que ficar na sala de aula auxiliando os meus filhos. Fazendo uma tarefa que não é obrigação minha e sim do estado”


Atualização

A Secretaria Municipal de Educação informou que a direção da escola falhou ao não reportar sobre a falta de carteiras para o ano letivo. A Secretaria recebeu o relato pela imprensa e imediatamente enviou carteiras do seu armazém para a escola. Foi instaurada sindicância para apurar aparente negligência por parte da direção da escola. Segundo a SME, não há falta de professores na unidade. Todas as turmas estão sendo atendidas. Em relação a uniformes, foram necessários ajustes de tamanhos de calçados, que já estão sendo entregues hoje, informou a SME.

Em suas redes sociais, Luciano Medeiros, vereador do Rio de Janeiro, comemorou as carteiras novas para a Escola Municipal Rubens Bernardo do Complexo do Alemão.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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