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Exposição sobre a cultura do funk está aberta à visitação no Museu de Arte do Rio

A exposição aborda não apenas a música do funk, mas também a cultura urbana e periférica do movimento
Imagem: Divulgação

O Museu de Arte do Rio (MAR) está lançando uma nova exposição chamada “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”. Essa é a principal exposição do ano do MAR e explora a história do funk carioca. A mostra é apresentada pelo Instituto Cultural Vale e tem a curadoria da Equipe MAR, em colaboração com Taísa Machado e Dom Filó, além de consultores como Deize Tigrona, Celly IDD, Tamiris Coutinho, Glau Tavares, Sir Dema, GG Albuquerque, Marcelo B Groove, Leo Moraes e Zulu TR.

A exposição aborda não apenas a música do funk, mas também a cultura urbana e periférica que o envolve, sua dimensão coreográfica, suas comunidades e seu impacto estético, político e econômico. A exposição é dividida em duas salas: a primeira explora o soul dos anos 70 e 80, que influenciou a estética e o consumo, e a segunda é dedicada aos bailes de favela, que são uma importante força artística no Rio de Janeiro e no Brasil.

A exposição também explora a presença do funk em diversas práticas culturais, especialmente nas artes visuais contemporâneas, onde o funk serviu como referência de visualidade, resistência política e alteridade. A exposição apresenta objetos históricos do estilo musical, elementos audiovisuais, sons e gestos, além de uma iconografia relacionada ao funk, convidando o público a experimentar a história do funk como parte fundamental da identidade do Rio de Janeiro.

O MAR considera essa exposição carregada de significados que dialogam com a história da cidade do Rio de Janeiro, reconhecendo o impacto global do funk como um estilo musical que representa a diversidade, a inquietação, a ousadia e a liberdade da cultura carioca e brasileira. A exposição é dividida em 11 núcleos e inclui mais de 900 itens, com a participação de mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros. Os visitantes poderão interagir com instalações, ouvir música, dançar e ler textos que contam a história desse ritmo musical pelas duas salas do pavilhão de exposições, que foi projetado pelo Estúdio Gru.a.

O Museu de Arte do Rio fica na Praça Mauá, 5, no Centro do Rio de Janeiro. O museu funciona de terça à domingo. Os ingressos custam entre R$10 e R$20. Consulte informações no site do museu.

Bailes Funk: Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro

Foi sancionada a Lei 10.113, de autoria da deputada estadual Verônica Lima, que reconhece os Bailes das Antigas como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A lei apoia iniciativas voltadas para a valorização e divulgação desse patrimônio.

Os Bailes Funks das Antigas são eventos que resgatam memórias das comunidades do Rio de Janeiro, lembrando as festas dos anos 80 e 90. São celebrações do funk que não promovem atividades ilegais, machismo, lgbtqfobia ou qualquer tipo de discriminação. Esses eventos são voltados para toda a família, incluindo crianças, e promovem o senso de pertencimento e união entre as pessoas.

Deputada Veronica Lima, de camisa preta, criou a lei que declara o funk como patrimonio do Rio de Janeiro.
Foto: Evelyn Lee / Divulgação

A deputada afirma que a inclusão dos Bailes das Antigas como patrimônio do Rio de Janeiro fortalece essa importante manifestação da cultura popular. Os bailes não só oferecem entretenimento saudável e sem violência, mas também contribuem para a geração de empregos e renda para a população.

Além disso, os Bailes das Antigas têm um aspecto social importante, envolvendo a arrecadação de alimentos e a promoção de oficinas relacionadas a DJing, dança, moda e outros elementos culturais ligados aos bailes. Isso promove a solidariedade social e contribui para a criação de oportunidades de trabalho e geração de renda.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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