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‘Não serei só mais um negro’, diz Nando Cunha, um ex-traficante em ‘Salve Jorge’

Com 45 anos e 18 de profissão, ator viverá um ex-traficante na trama de Glória Perez.
Se a trama da novela das 21h que se despediu de nós na noite dessa sexta-feira (19) era ambientada nos arredores da Avenida Brasil,

Em 'Salve Jorge', Nando Cunha interpretará o malandro Pescoço, no Complexo do Alemão
Em 'Salve Jorge', Nando Cunha interpretará o malandro Pescoço, no Complexo do Alemão

Glória Perez subiu os morros do Complexo do Alemão, na Penha, para encontrar os protagonistas de ‘Salve Jorge’, que estreia nesta segunda-feira (22), na Rede Globo.

E é do subúrbio, mais precisamente, dos pés do morro do Salgueiro, que vem Nando Cunha, que você certamente ‘já viu por aí’. Aos 45 anos, com 18 de profissão, o ator emplaca seu primeiro personagem no horário nobre: Pescoço, o apelido carinhoso do malando Valdisney Xavier da Rosa, um ex-traficante do Complexo do Alemão que, atualmente, só se enrola com as namoradas que precisa administrar. “Fico feliz por não ter sido convidado para fazer mais um papel de um negro em uma favela. O Marcos Schechtman e a Glória Perez (diretor e autora de ‘Salve Jorge’) me chamaram porque confiam no meu trabalho”, comemora Nando, que se divide entre as gravações da novela e os cuidados com o filho que chegou ao mundo há apenas três meses. “Não vim de berço de ouro, sou do subúrbio. Minha vida foi feita de desafios e esse papel é mais um”, nos conta o ator.

FONTE: Jornal do Brasil

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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