O Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) realizou, no último sábado (23/09), o evento “Quanto Custa Proibir? – Impactos da guerra às Drogas”. Com uma roda de conversa com a deputada estadual Renata Souza (PSOL), o neurocientista Sidarta Ribeiro, a socióloga e coordenadora do CESeC Julita Lemgruber e mediação do ativista Raull Santiago, o encontro aconteceu no Museu de Arte do Rio.
O ativista, gestor de projetos sociais, consultor, empreendedor e influenciador, Raull Santiago, falou da importância do evento para sociedade.
“Eu acho esse debate muito importante porque traz dados atualizados e validados cientificamente. trazendo também a reflexão de pessoas que ajudam a desenhar a “Ciência Reflexiva” sobre o tema que é a “Guerra às Drogas”, o custo dessa guerra e o racismo na atual política sobre as drogas. Acho que por isso tudo foi muito positivo e muito potente.”, disse.
O ativista falou também sobre a preocupação na maneira que essas informações chegarão nos moradores das comunidades. “A minha questão é como a gente multiplica isso para cada vez mais pessoas. A gente discutiu aqui entre os “nossos” temas que são centrais e a gente se reconecta com eles para poder pensar em novas soluções e novos caminhos, mas ao mesmo tempo a nossa demanda principal de comunicação é como isso chega no nosso povo.”, completou Raull.
Além da roda de conversa, o evento contou com a apresentação dos dados produzidos pelo projeto “Drogas: quanto custa proibir”. Ao longo de quatro anos, o projeto realizou pesquisas que mensuraram os impactos econômicos e sociais da escolha política do Estado pelo confronto armado para lidar com o varejo de drogas. Julita Lemgruber, a socióloga e coordenadora de pesquisa do projeto “Quanto custa proibir?” explicou o quanto foi importante o debate sobre esse assunto por pessoas influentes e que são referência.
“A mesa foi muito importante pq foram pessoas com trajetórias distintas, que são referência, que têm perspectivas e vivências diferentes, mas todas elas com um olhar muito certeiro sobre a proibição das drogas. cada uma delas mostrando o seu olhar de acordo com o lugar que ocupa na sociedade.
A fala destas referências mostra que a “Guerra contra as drogas” é cara e não é eficaz num propósito de segurança. Essa guerra só é eficaz para trazer sofrimento e diversos custos”, explicou Raquel Machado.
O evento “Quanto Custa Proibir?” É uma realização do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) e do Drogas: quanto custa proibir, em parceria com o Museu de Arte do Rio (MAR) e a Organização de Estados Íbero-americanos (OEI).
O evento contou também com a Feira Crespa, Intervenção de Slam com MC Martina e apresentações dos DJ’s Joss Dee e Rennan da Penha.