Parece que o povo da favela não tem um dia de paz. Principalmente para os moradores da região da Fazendinha, no Complexo do Alemão. No início da semana, falamos sobre um buraco causado por um veículo da Comlurb e agora o perigo vem de cima: fios de alta tensão baixos e postes com risco de cair.

Em uma escadaria localizada no Beco do Aperto, na altura do número de 19, os moradores precisam se abaixar desviar dos perigos para passar. Os fios passam a centímetros de quem precisa descer e subir todo o dia. Esmeralda Alvarenga,18 anos, relata que quando chove é muito pior. “É difícil de passar com o guarda-chuva. Temos que abaixar para não pegar choque. Eu que tenho minha filha de 2 meses fico com muito medo de passar com ela aqui”, comenta. Ela também fala que as quedas de luz são frequentes.

Marcello Mello tem 25 anos e é comerciante no local. Ele também relata as dificuldades de passar pela escadaria. “É muito ruim descer aqui, tenho que me abaixar. Dia de chuva é pior”, comenta. Ele também diz que a cada dia, os fios abaixam cada vez mais. “Há 1 ano está essa situação do fio aqui. Também é difícil de subir as coisas do comercio aqui. Pra subir a geladeira foi uma luta!”

O Voz das Comunidades entrou em contato com a Light e também com a Rioluz cobrando o conserto dos fios e dos postes. Até o fechamento desta matéria, os órgãos ainda não tinha respondido. A equipe do Voz seguirá acompanhando essa situação junto aos moradores da Fazendinha.

Atualização da Rioluz

A Rioluz enviou uma nota ao Voz das Comunidades informando que companhia criou a Operação Caça Fios, que retira fios soltos e abandonados nos postes e faz o ordenamento dos cabos. A companhia verificou as fotos e informou que enviará uma equipe até o local e realizará uma vistoria para identificar se existe fios sem uso a serem recolhidos.

A nota finaliza informando que “o levantamento das ruas mais críticas fica por conta das subprefeituras que enviam as demandas para a Rioluz executar o serviço, é possível solicitar também a operação Caça Fios, através da Central 1746. Vale ressaltar que as 7 equipes da Rioluz operam em todas as áreas das subprefeituras.”