Depois de quase 3 anos das mortes de Emily e Rebeca Santos, de 4 e 7 anos, que foram atingidas por um disparo de fuzil em um dos acessos da favela Barro Vermelho, em Duque de Caxias, os familiares das vítimas querem reabrir o caso para tentar provar que os tiros partiram da polícia Militar. O assassinato aconteceu no dia 4 de dezembro de 2020. As primas brincavam na porta de casa quando um disparo de fuzil atingiu as duas crianças.
Nos meses seguintes, cinco testemunhas foram ouvidas pela Delegacia de Homicídio da Baixada Fluminense (DHBF) onde afirmaram que o disparo teria partido de uma viatura da PM naquele dia. Porém, os relatos foram desconsiderados pela polícia e pelo Ministério Público (MP).
A pedido da família, Projeto Mirante analisa o caso
O Projeto Mirante é uma parceria da Universidade Federal Fluminense (UFF) com os Núcleos de Direitos Humanos da Defensoria Pública (Nudedh) do Rio de Janeiro e de São Paulo e tem como função contribuir para a elucidação de casos envolvendo graves violações de direitos humanos. Os homicídios de Emily e Rebeca serão os primeiros do Rio a serem analisados pelos especialistas da iniciativa. Eles também prentendem incluir uma reconstituição interativa do crime. Com isso, a intenção é solicitar a justiça e ao MP a reabertura do inquérito com base nas novas provas realizadas.