PMs envolvidos em morte de adolescente de 13 anos na CDD não estavam usando câmera nos uniformes

O prazo para realizar o plano de implementação em 30 dias encerrou no último dia 4
A câmera nas fardas facilitaria a investigação do assassinato do jovem Thiago de 13 anos. (Foto: IFoto: Philippe Lima/Governo do Rio)
A câmera nas fardas facilitaria a investigação do assassinato do jovem Thiago de 13 anos. (Foto: Foto: Philippe Lima / Governo do Rio / Divulgação)

Os policiais do Batalhão da Polícia de Choque (BPChq)  envolvidos na morte de adolescente na Cidade de Deus não estavam usando câmera corporais nas fardas. O uso do equipamento no fardamento dos policiais do Rio de Janeiro se tornou obrigatório no dia 4 de julho. 

O prazo para a realização de um plano de implementação das câmeras nos batalhões especiais do Rio era de 30 dias. O Estado teria que estabelecer um cronograma de instalação das câmeras e priorizar os batalhões que realizam operações nas favelas. Mas esse cronograma ainda não foi divulgado. O governador Cláudio Castro (PL) havia recorrido da decisão que determinava o uso do equipamento pelos batalhões especiais.

O atraso em determinar que os batalhões especiais usem a câmera corporal no fardamento dificulta as investigações. O equipamento permite o acompanhamento em tempo real dos agentes e não pode ser desligado, nem alterado. A instalação das câmeras nas fardas e viaturas é uma medida solicitada por organizações dos direitos humanos na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental, ou como é popularmente conhecida a ADPF das Favelas.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) informa que a resolução conjunta com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, que vai regulamentar o uso das câmeras corporais pelas forças especiais, está sendo elaborada. O cronograma de implementação foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O prazo para cumprimento total é até o fim do ano vigente. 13 mil câmeras deverão estar em operação em todas as unidades.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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