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Camelódromo da Rocinha, patrimônio do Rio, está passando por reformas

Segundo o representante dos comerciantes do local, as obras de reparos não impedirão o trabalho
Camelódromo fica na entrada da Rocinha e movimenta o comércio da região (Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades)
Camelódromo fica na entrada da Rocinha e movimenta o comércio da região (Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades)

O  Mercado Popular da Rocinha, tombado como patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, está passando por reformas. Também conhecido como Camelódromo da Rocinha, a reforma é resposta a apelos dos comerciantes há quase duas décadas.

As obras já começaram com o levantamento de um muro na lateral da Rua General Olímpio Mourão Filho. Também vão substituir a lona que cobre o espaço e tirar os fios soltos. Enquanto isso, os lojistas vão continuar trabalhando no local.

Comerciantes e clientes comemoram a reforma

“Eu queria que reformasse mesmo, porque aqui a gente encontra tudo. Praticamente todos os moradores da Rocinha vem aqui, tem que ter uma reforma para a gente ficar mais a vontade”, comenta Maria Silvana, de 47 anos, moradora da comunidade da Rocinha.

Ela não é a única que comemora a reforma. A comerciante Selma dos Santos, 57 anos, mora há 40 anos na Rocinha e comenta satisfeita sobre a reforma. “Uma maravilha! Vai ser melhor para a gente com certeza, porque vai vir mais gente de fora. Os gringos, as pessoas… Eles querem conhecer o mercado popular”.

Entre as necessidades mercado popular, ela considera a lona e a fiação mais urgentes. “Vai ser mais seguro em casos de incêndio. A gente que trabalha com roupas então, nunca ficamos tranquilos quando vamos pra casa, com medo de acontecer alguma coisa”, desabafa.

Uma inspiração do norte do país

A arquitetura do Camelódromo da Rocinha foi inspirado no Mercado Ver-o-Peso, de Belém do Pará (PA). Em 2005, foi reconhecido internacionalmente em uma exposição de arquitetura em Paris. O presidente da Associação do Mercado Popular da Rocinha (AMPR), Gildo Henrique, a reforma do espaço será de grande importancia para a comunidade. “Isso é uma joia para a gente e organizando o povo que ganha. Queremos um lugar organizado, limpo estruturado e seguro”.

Em 2020, na gestão do Prefeito Marcelo Crivella, a Justiça do Rio impediu a demolição do mercado para transformá-lo em uma entrada e saída de ambulâncias, pois a igreja Universal próxima do local tem um tomógrafo da prefeitura.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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