Policiais do Bope chegam ao Complexo do Alemão para substituir os militares do Exército

reprodução do twitter

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegaram às 4h45m desta terca-feira, ao Complexo do Alemão. Esses policiais, assim como, os do Batalhão de Choque, substituirão os militares do Exercito. A principio a substituição acontecerá nas comunidades da Fazendinha e Nova Brasília. Até junho todos as outras comunidades do complexo estarão ocupadas pela PM.

Os policiais do Bope vasculham as favelas atrás de traficantes e armas. Já o Batalhão de Choque patrulha o entorno do complexo. Os moradores serão revistados e a documentação de motoqueiros será cobrada. A Polícia Militar divulgou uma nota informando que a ouvidoria das policias e a corregedoria da corporação acompanham a operação.

A PM pede que moradores façam denúncias através do disque denúncia para que traficantes e armas sejam localizados. A intenção é encontrar os que que ainda estejam atuando na área. Segundo o serviço de inteligência da PM, traficantes do segundo e terceiro escalões que ficaram nas duas comunidades são hoje os responsáveis pela venda de drogas na região.

Na segunda-feira já era possível notar a retirada gradativa dos militares da Força de Pacificação do Alemão. No interior das favelas, só eram vistos homens do Exército perto das estações do teleférico. Nas ruas, o clima era de expectativa entre moradores. Muitos temem a saída do Exército.

— Tenho medo de que isso aqui fique como era antes. Hoje existe tráfico, sim, mas de forma mais velada, sem armas nas ruas — disse uma comerciante.

Segundo dados levantados pelo serviço de inteligência da PM, até armas grandes já entraram na região, principalmente no Complexo da Penha. No Alemão, há pistolas, e o tráfico atende basicamente ao consumo interno.

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fonte: http://oglobo.globo.com/rio/comeca-implantacao-de-upp-no-complexo-do-alemao-4421453

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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