“A pipa é uma arte”, conta Marcos Carolino, o Marquinhos das Pipas, de Nova Brasília. Há pelo menos 10 anos ele trabalha vendendo confeccionando pipas.
Ele iniciou as vendas das pipas depois de ficar desempregado. “Pedi a direção de Deus, comprei mil bambus e fui fazendo”. Hoje faz quinhentas pipas por dia. A produção é manual e feita por etapas e a procura aumenta mais no fim de semana. A produção tem um investimento médio de quinhentos reais. O pipeiro brinca que gostava de jogar futebol e não deu certo e foi para a pipa. “Pô, quem não gosta de uma pipa e de futebol?”, questiona.
Marquinhos explica que não vende só na temporada de férias escolares, o ano todo tem gente interessada “Passam aqui ‘coé Marquinhos vai ter um festival vou comprar pipa contigo”. As pipas custam R$ 1,00 a pequena e R$1,50 a grande, e com variedade de formatos, tem pipa pizza, mucha mucha, raia e a come rato. A mucha mucha, Marquinhos nos explica que tem esse nome porque é feita com hastes flexíveis, deixando ela dobrável. A comerciante Simone Silva, de 50 anos, esposa de Marquinhos e Luiz Henrique dos Santos de 22 anos, ajudam na confecção.
Passo a passo para fazer a pipa
Hoje em dia as araras — forma como a pipa também é conhecida — se tornaram a principal fonte de renda do comerciante que vende tanto no atacado, para quem quer revender, quanto no varejo. Além delas, ele também mantém um bar, Marquinhos é uma figura conhecida de Nova Brasília, enquanto fazia fotos os moradores subiam e perguntavam curiosos “vai aparecer no jornal Marquinhos?”