Coletivo no Morro da Providência cria narrativas de empoderamento feminino

O MIP fica no alto do Morro da Providência, no centro educacional Casa Amarela
As mulheres no MIP constroem suas próprias narrativas. (Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades)
As mulheres no MIP constroem suas próprias narrativas. (Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades)

No Morro da Providência, próximo ao teleférico, o centro educacional Casa Amarela acolhe um espaço de construção do empoderamento feminino, onde mulheres constroem as suas próprias oportunidades, através do Coletivo MIP: Mulheres Independentes da Providência.

A proposta do MIP é ser um espaço de acolhimento para que as mulheres construam suas próprias narrativas. O coletivo trabalha voltado em dois eixos de empreendedorismo e de formação. O curso oferece capacitação e mentoria voltadas para a independência financeira, profissionalização, mudança de carreira e geração de renda.

Miriam Generoso, coordenadora do MIP, conta que este eixo é voltado para o acolhimento das mulheres, diálogos sobre o território e letramento racial. “A gente tá falando de construção, e é um pouco a cada dia, essas mulheres são muito atravessadas e o nosso objetivo é formá-las em liderança, porque elas já são” conta.

O MIP oferece vários cursos de capacitação. (Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades)
O MIP oferece vários cursos de capacitação. (Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades)

Transformações através do MIP

O coletivo tem um impacto na vida das mulheres e na relação delas com o território. Os cursos já formaram profissionais que criam seus próprios negócios, e dá oportunidade de pensar em novas oportunidades de geração de renda.

Juliana da Silva, de 33 anos, diz que para ela o MIP é um refúgio, onde ela vai para se distrair e não ficar focada nos problemas da vida. “Eu sempre penso mais nos outros do que na minha vida, mas o meu sonho mesmo é trabalhar” conta.

Juliana da Silva, aluna do MIP (Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades)
Juliana da Silva, aluna do MIP (Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades)

Viviane Menezes, de 46 anos, é auxiliar administrativa do MIP e também considera o coletivo um refúgio. “A gente vai conversando com as meninas, auxiliando elas. Às vezes elas só querem conversar”, conta.

Miriam relata que por conta das trocas no MIP, a relação com a mãe melhorou. “Não tem como eu ser afetiva com as mulheres e não ter o mesmo acolhimento com a minha mãe”.

Sobre os cursos

Uma das aulas do coletivo é de culinária, a professora Daniele Damasia explica que o objetivo é ensinar a cozinhar aproveitando todo o alimento.

A programação do MIP conta também com aulas de alfabetização, danças populares, sobrancelhas, cosméticos naturais, mais informações, acesse o site https://www.coletivomip.com/.

Alunas de culinária do MIP. (Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades)

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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