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Número de mortes na Maré aumentou em 145% em 2022; homens pretos e pardos são maioria, aponta boletim

A 7ª edição do boletim Direito à Segurança Pública na Maré foi lançada nesta segunda-feira (13)
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A 7ª edição do boletim Direito à Segurança Pública na Maré, lançada nesta segunda-feira (13) pelas Redes da Maré, apontou que o número de mortes durante operações policiais no Complexo do Maré aumentou em 145%, comparando o ano de 2022 a 2021. Foram 27 homens mortos, sendo 12 pretos, 7 pardos e 4 brancos. A maioria tinha entre 20 e 29 anos.

O boletim também contabilizou 27 operações policiais no ano de 2022 nas 16 favelas da Maré. Dessas, 9 foram planejadas e as outras 18 consideradas emergenciais. Dentro deste quantitativo, 13 foram justificadas pelas assessorias das Polícias como necessárias para repressão ao roubo de carga. No entanto, em apenas três operações policiais foram apreendidas cargas roubadas. 

Do total de operações, 62% aconteceram próximo a escolas e creches e 67% das operações policiais aconteceram próximo às unidades de saúde. Em nenhuma operação policial que ocorreu nas favelas da Maré foi identificado o uso de câmeras de vídeo e aparelho de GPS.

Foram registrados, ainda, 283 violações de direitos em todo o ano passado, sendo 259 (91,5%) em contexto de operação policial. Em 60% das operações policiais ocorridas nas favelas da Maré houve denúncias de violação de domicílios. 

Sobre o boletim

O boletim apresenta também a série histórica do impacto da violência armada na Maré entre 2017 e 2022, o que viabiliza uma análise de longo prazo das consequências das operações policiais e confrontos de grupos armados na Maré. Após três anos de diminuição das operações policiais na Maré, em função especialmente das ações judiciais provocadas pela sociedade civil, como a “ADPF das Favelas (ADPF 635) e a Ação Civil Pública (ACP) da Maré, a equipe do projeto De Olho na Maré! identificou, em 2022, um aumento significativo no número de operações policiais com mortes no território.

O lançamento do 7º Boletim Direito à Segurança Pública na Maré faz parte da agenda colaborativa do ‘Março por Marielle e Anderson’.

Para acessá-lo completo: (https://www.redesdamare.org.br/media/downloads/arquivos/RdM_Boletim_direito_SegPubli23.pdf)

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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