Toda a favela tem suas entradas principais de grande movimento e muito comércio, mas são os becos e vielas que são os caminhos que grande parte da comunidade transita. Escadas íngremes e vias estreitas fazem parte do cotidiano das favelas e é de extrema importância que estes becos estejam em condições adequadas para que as pessoas possam se deslocar. Infelizmente, alguns lugares não recebem o cuidado adequado e alguns obstáculos acabam surgindo no caminho, tendo como principal exemplo os buracos. A equipe do Voz das Comunidades recebeu denúncias de moradores que apontaram buracos em vias de grande movimentação em dois locais do Complexo do Alemão: Chuveirinho e Fazendinha.
Chuveirinho
Entrando pela região da Grota, seguir 2 km a frente, encontra-se a região conhecida como Chuverinho. Subindo o beco coberto e seguindo pela Travessa Santo Antonio, encontramos um buraco aberto que tem complicado bastante a passagem dos moradores, principalmente da dona Maria do Socorro, de 56 anos e moradora há 8 anos.
O buraco apareceu bem na frente da porta da sua casa. “Esse buraco não é de hoje. Antes tinha aparecido um pouco mais pra trás. Aí meu marido se juntou com os vizinhos, compraram material e fecharam. Mas agora apareceu esse. E cada dia abre mais”, relata. Ela colocou algumas tábuas no local para alertar o perigo, pois além do buraco ser largo, é profundo e dá pra ver o encamento das casas. “Antes, quando era um buraco pequeno, meu marido passava um cimento e dava, mas agora quebrou bastante e tá bem complicado”, conta.
Fazendinha
Muito conhecida pelo Campo do Seu Zé e pelos grafites em 3D, a Fazendinha se caracteriza como um dos pontos mais movimentados do Complexo do Alemão. E mesmo com todo o seu brilho, também não está livre dos problemas de infraestrutura. Há uns meses, um buraco localizado na Vila Jasmin atrapalha a vida dos moradores que transitam pelo local. Em março de 2022, uma equipe da Comlurb realizava limpeza no local e usava um mini-trator no serviço. Quando o veículo passou pela passagem, o concreto cedeu. A equipe do Voz das Comunidades esteve no local em outubro e o problema ainda não tinha sido resolvido.
Mesmo depois de quase um ano, o buraco ainda está lá atrapalhando a passagem. Os moradores da região reclamam que ninguém da prefeitura, Comlurb ou outros órgãos municipais foram até o local para resolver a situação.
O Voz das Comunidades entrou em contato com a Comlurb e a Secretaria de Conservação do Rio de Janeiro questionando sobre o conserto dos buracos citados na matéria. Mas até o fechamento da edição, os órgãos não responderam o nosso contato.