Artista do Complexo do Chapadão expõe no Museu de Arte de São Paulo

Conhecido como Jota, o jovem, cria da favela da Zona Norte do Rio, está com seus quadros expostos ao lado de artistas como Portinari
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Há cerca de dois anos, Johny Gomes foi revelado por uma plataforma que aposta em novos talentos para desenvolvimento de arte e cultura. Direto do Complexo do Chapadão, zona norte do Rio de Janeiro, o mundo era apresentado a Jota, jovem artista do mundo das artes que não parou mais de crescer desde a sua revelação.

Atualmente, Jota, que chegou a trabalhar como ajudante de pedreiro antes de ser descoberto, está com uma exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp), uma das instituições mais famosas da América Latina. Lá, o jovem participa com duas telas na exposição “Histórias Brasileiras”, desde o dia 26 de agosto.

Davi e Golias Foto: Reprodução / Redes Sociais

No museu, ao lado de uma das telas de Jota, está o quadro “Domingo no morro”, de Candido Portinari. Também na mesma parada, o artista do Complexo do Chapadão divide espaço com obras Benedito José Tobias e Heitor dos Prazeres.

Jovem, preto e de comunidade, Jota nunca tinha entrado no Masp e se não imaginava que a sua primeira vez seria mais do que apenas visitante. “Participar dessa exposição tem um significado muito especial para mim. É um passo importante na minha carreira. Expor ao lado dos maiores artistas brasileiros de todos dos tempos como Portinari, Heitor dos Prazeres e Tobias é uma conquista muito importante”, relata o artista.

A exposição “Histórias Brasileiras” fica cartaz até o dia 30 de outubro e procura reaver a história do Brasil a partir da visão das pessoas em seus respectivos círculos sociais.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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