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A sociedade carioca tem motivos para comemorar. No Rio de Janeiro, quatro mulheres negras foram eleitas deputadas no primeiro turno. Um marco \u00a0na pol\u00edtica nacional. Essas mulheres foram denominadas de \u201csementes da Marielle\u201d, pois todas elas t\u00eam algo em comum: a amizade e a luta por direitos ao lado da vereadora assassinada Marielle Franco, em mar\u00e7o deste ano.<\/p>\n
Renata Souza, Dani Monteiro e M\u00f4nica Francisco ocupar\u00e3o tr\u00eas cadeiras na Alerj, como deputadas estaduais; j\u00e1 a Taliria Petrone foi eleita deputada federal. Para algumas pessoas essa vit\u00f3ria pode parecer pequena, mas s\u00f3 posso dizer uma coisa: s\u00e3o poucas, mas s\u00e3o nossas. Digo \u00a0nossas porque me sinto representada, por diversos motivos.<\/p>\n
A voz da mulher, em especial da mulher negra, sempre foi, e ainda \u00e9, silenciada de alguma forma, sendo reflexo de uma sociedade racista, machista e elitista. Os lugares de destaque e poder, precisam ser ocupados e gra\u00e7as a luta di\u00e1ria de milhares de mulheres, como a Marielle Franco, esse estere\u00f3tipo est\u00e1 sendo desfeito.<\/p>\n
T\u00ea-las como representantes significa que \u00a0mulheres, os negros, os defensores dos direitos humanos, ou seja, as ditas minorias, est\u00e3o se fortalecendo cada vez mais. A batalha sempre ser\u00e1 \u00e1rdua, mas atrav\u00e9s do di\u00e1logo, do trabalho em conjunto, do exerc\u00edcio da escuta e resist\u00eancia \u00a0essas desigualdades tendem a diminuir e, s\u00f3 assim, o Brasil prosperar enquanto sociedade. Resistimos!<\/p>\n
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<\/p>\n","editor":"Layane Moises Coelho","categoryTitle":"Geral"}